domingo, 21 de dezembro de 2008

VS-Media

É com imensa alegria que neste natal presenteamos nossos leitores com mais um projeto, o VS-Media ou Veritatis Splendor - Media.

O subsite do Apostolado Veritatis Splendor é destinado à divulgação de vídeos, áudios, fotos, imagens, programas etc; enfim todo tipo de mídia que venham a edificar a vida de nossos leitores visando em sua caminhada na Fé Católica.

O endereço do site é http://media.veritatis.com.br.

Esperamos que gostem deste nosso novo trabalho.

Equipe Veritatis Splendor

domingo, 30 de novembro de 2008

Papa constata avanço no diálogo com ortodoxos

Recorda Santo André, patrono do patriarcado de Constantinopla

CIDADE DO VATICANO, domingo, 30 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI constatou com alegria os avanços que se dão no diálogo entre católicos e ortodoxos, ao celebrar neste domingo a festa do apóstolo Santo André, patrono do patriarcado ecumênico de Constantinopla.

O pontífice agradece a Deus ao constatar que as relações entre os filhos destas Igrejas se fazem cada vez mais profundas em uma mensagem enviada nesta data ao patriarca ecumênico Bartolomeu I.

Após rezar o Ângelus neste domingo, o Papa recordou os laços que unem Constantinopla com Roma, pois André, patrono do patriarcado ecumênico, era o irmão de Simão Pedro, primeiro bispo de Roma.

Por ocasião desta data, segundo a tradição, o Papa enviou a Istambul em visita ao patriarca uma delegação da Santa Sé, dirigida pelo cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício da Promoção para a Unidade dos Cristãos.

Em sua mensagem ao patriarca, Bento XVI constata «com alegria e ação de graças que as relações entre nós estão entrando progressivamente em níveis mais profundos, enquanto renovamos nosso compromisso por continuar no caminho da oração e do diálogo».

«Confiamos em que nosso caminho comum chegue a esse dia bendito no qual louvaremos a Deus juntos e a uma celebração compartilhada da Eucaristia».

«A vida interior de nossas Igrejas e os desafios do mundo moderno exigem urgentemente este testemunho de unidade entre os discípulos de Cristo», conclui em sua mensagem ao patriarca.

Como sinal dos laços que se criaram entre Roma e Constantinopla, o Papa menciona as três visitas que no último ano fez à cidade eterna o Patriarca Bartolomeu I. A última foi para intervir, com um ato sem precedentes na história, no Sínodo dos Bispos, reunido no Vaticano, sobre a Palavra de Deus, durante o mês de outubro.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Núncio no Brasil: defesa e promoção da vida é o desafio maior de nosso tempo

Arcebispo explica que Documento de Aparecida reafirma o evangelho da vida


INDAIATUBA, quarta-feira, 26 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- O núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, considera que «a defesa e a promoção da vida é o desafio maior de nosso tempo».

O núncio falou sobre a abordagem que o Documento de Aparecida faz do tema da defesa da vida na homilia da Missa de abertura do congresso internacional «Pessoa, cultura da vida e cultura da morte», na manhã de hoje, em Itaici (Indaiatuba, São Paulo).

Segundo Dom Lorenzo Baldisseri, o Documento de Aparecida «se estrutura em torno da mensagem da Vida, cujo centro é Cristo». «A temática da vida ilumina também cada uma das três grandes partes do Documento, sempre ligando a pessoa de Jesus Cristo à vida dos povos latino-americanos». 

«Diante dos desafios do mundo contemporâneo, que está perdendo o caminho da vida para enveredar pelo caminho da morte, o Documento reafirma o evangelho da vida e evoca a pergunta de Tomé: “Como vamos saber o caminho?”. A resposta de Jesus é uma proposta: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.»

Dom Lorenzo explica que o Documento «proclama a Boa Nova de Jesus Cristo que deve ser proclamada em toda circunstância e particularmente nos campos da dignidade humana, da vida, da família e da atividade humana».

«Diante dos diversos obstáculos apresentados pela cultura vigente que, muitas vezes apresenta uma vida sem sentido, que tem como base o subjetivismo hedonista e gera um mundo de exclusão e de morte, somos convidados a acolher a proposta de vida trazida por Jesus Cristo, que veio ao mundo “para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.»

O arcebispo explicou que, discordando da mentalidade reinante, «que mede o valor da vida a partir de critérios de funcionalidade, nós, como discípulos de Jesus Cristo, devemos continuar acreditando e defendendo a sacralidade da vida humana, independente das condições ou do estágio em que se encontra».

«Também o sofrimento, quando acolhido numa atitude de fé, pode transformar-se numa significativa experiência de humanização e proporcionar um verdadeiro encontro com o Senhor.»

Segundo Dom Lorenzo, no Documento de Aparecida «reafirma-se, mais uma vez, o caráter inviolável e sagrado da vida humana, que deve ser salvaguardado desde a concepção até seu término natural».

«A defesa e a promoção da vida é o desafio maior de nosso tempo. É a missão de toda a Igreja e, no contexto latino-americano e caribenho, é um programa renovado que chama a um empenho continental de missão», considera.

O núncio pediu então a construção de «uma verdadeira cultura da vida, na qual a Pessoa Humana, especialmente a mais frágil e indefesa, possa ser respeitada e acolhida em sua original e intrínseca dignidade».


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Cardeal Arinze: «liturgia é a respiração da vida da Igreja»

O prefeito da Congregação para o Culto divino fala sobre a renovação litúrgica conciliar


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 25 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- «A liturgia é o coração da Igreja; se a Igreja não celebra a Eucaristia, converte-se em uma instituição obsoleta», afirma o cardeal Francis Arinze, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma entrevista concedida ao jornal L'Osservatore Romano no sábado passado. 

O purpurado, que celebrou no fim de semana passado o 50º aniversário de sua ordenação sacerdotal, fez balanço de seu trabalho à frente da Congregação, cuja tarefa, explicou, não é ser um «policial eclesiástico», mas simplesmente «promover o culto divino». 

«Se a Igreja não reza, não vive. A liturgia é a respiração da vida da Igreja. A Igreja nasceu para adorar Deus, honrá-lo e louvá-lo. A missa é o ato mais elevado que a Igreja pode fazer, não há nada mais elevado, este é essencialmente o centro da atividade deste dicastério», explicou. 

Diante das dificuldades e confusões em matéria litúrgica surgidas após o Concílio Vaticano III, o cardeal explicou que o problema «não é o Concílio em si, mas quem não o recebeu corretamente ou quem inclusive o rejeitou com os fatos». 

«Há pessoas que não digeriram o que o Vaticano II disse; outras pretendem ditar a interpretação autêntica do espírito conciliar; e outras pedem inclusive um novo concílio», explicou, ainda que admitiu também que «a situação hoje é muito mais tranqüila que há 30 anos». 

O cardeal afirma que muitos abusos «não se devem à má vontade, mas à ignorância. Alguns não sabem ou não são conscientes de que não sabem. Não sabem, por exemplo, que as palavras e os gestos têm raízes na tradição da Igreja. Assim, crêem ser mais originais ou criativos mudando-os». 

«Frente a essas coisas, é necessário reafirmar que a liturgia é sagrada, é a oração pública da Igreja», acrescentou. 

O purpurado explicou que neste momento, seu dicastério está estudando algumas mudanças na liturgia, como, por exemplo, o Ite ad Evangelium Domini annuntiandum; Ite in pace glorificando vita vestra Dominum; Ite in pace. 

Outra mudança que se está estudando atualmente é a colocação do gesto da paz. «Com freqüência não se compreende plenamente o significado deste gesto. Pensa-se que é uma ocasião para apertar mão dos amigos. Mas na verdade, é um modo de dizer ao que está ao lado que a paz de Cristo, presente realmente no altar, está também com todos os homens.» Por isso, o purpurado revelou que se está estudado a possibilidade de trasladar este gesto ao momento do ofertório, «para criar um clima mais recolhido enquanto se prepara para a Comunhão». 

«O Papa pediu uma consulta a todos os bispos. Depois decidirá», acrescentou.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Casamento de Rafael Vitola Brodbeck (do VS) e Aline Rocha Taddei (do Sociedade Católica e do Blog Femina On Line)



Casei-me no dia 25 de outubro último com a então senhorita Aline Rocha Taddei. A Missa foi no rito romano moderno, pós-conciliar, com muitos trechos em latim. Várias partes do Ordinário cantadas em gregoriano, com alternância das respostas em polifonia. Do Próprio, tivemos as antífonas em gregoriano e em polifonia, as orações em português (cantadas), e o prefácio em gregoriano.

A Missa foi celebrada pelo Pe. Federico Juárez, LC, com acólitos e tendo por cerimoniário o Ir. Eric, LC. A Schola Cantorum foi dos monges da Congregação Monástica de Santa Cecília, de Caçapava do Sul, e dos leigos por eles regidos em Novo Hamburgo.

Algumas fotos:
































Eis o programa musical:

MISSA IN CELEBRATIONE MATRIMONII

Celebrada por S. Revma., o Pe. Federico Juárez, LC,

acompanhado de vários acólitos

Cantos gregorianos e peças polifônicas executados pela

Schola Cantorum dos Monges da Ordem de Santa Cecília

e pela

Cappella Ceciliana de Novo Hamburgo,

regidos por S. Revma., o D. Prior Marcos de Santa Helena, OSC

Missa rezada em vernáculo e latim, com trechos cantados igualmente em latim, segundo a forma ordinária do rito romano, conforme o Missal promulgado por S.S., o Papa Paulo VI, e revisto por S.S., o Papa João Paulo II.

Programa musical:

I. Procissão de Entrada dos sacerdotes, acólitos, noivo, pais e testemunhas: Fantasia em Lá menor (Bach)

II. Entrada da noiva: Marcha Nupcial (Mendelssohn)

III. Antífona da Entrada (Intróito): Deus in loco sancto suo (gregoriano)

IV. Kyrie VIII, De Angelis (gregoriano), intercalado com coros polifônicos (D. Marcos, OSC)

V. Gloria VIII, De Angelis (gregoriano), intercalado com coros polifônicos (D. Marcos, OSC)

VI. Aclamação ao Evangelho: Refrão do Alleluia pascal (gregoriano)

VII. Ação de Graças após a Bênção das Alianças: Grosser Gott (autoria desconhecida; arr: Dom Marcos, OSC)

VIII. Ofertório: In te speravi (gregoriano)

IX. Sanctus VIII, De Angelis (gregoriano), intercalado com coros polifônicos (D. Marcos, OSC)

X. Agnus Dei VIII, De Angelis (gregoriano), intercalado com coros polifônicos (D. Marcos, OSC)

XI. Pater Noster I (gregoriano)

XII. Comunhão: Adoro te devote (gregoriano)

XIII. Comunhão: Panis angelicus (Franck)

XIV. Ação de Graças depois da Comunhão: Jam non dicam vos servos (D. Marcos, OSC)

XV. Consagração à Santíssima Virgem e saída: Ave Maria (Gounod/Bach; arr: D. Marcos, OSC)


Espero que gostem das fotos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Papa convida líderes religiosos a «manterem alta a chama da paz»

Mensagem ao encontro de oração pela paz


CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 17 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI se dirigiu ao encontro de oração pela paz que acontece em Chipre para convidar os representantes das religiões nele reunidos a «manterem alta a chama da paz».

Segundo a mensagem enviada em nome do Papa pelo cardeal Tarcisio Bertone, seu secretário de Estado, o encontro, que acontece de 16 a 18 de novembro, revive 22 anos depois a histórica jornada mundial de oração pela paz de Assis, convocada por João Paulo II. 

A iniciativa, como todos os anos a partir de então, é convocada pela Comunidade de Sant'Egidio, nova realidade eclesial, e nesta ocasião pela Igreja Ortodoxa de Chipre. Reúne, em particular, líderes cristãos, judeus e muçulmanos, assim como especialistas da cultura e da política. 

O pontífice deseja que este momento «de escuta recíproca» sirva para «dissipar as névoas da suspeita e da incompreensão e para pedir a Deus Pai o precioso dom da paz». 

Nesse encontro, deseja o pontífice, cada um poderá abrir os olhos à realidade e aos irmãos, oferecendo «um momento de autêntico e recíproco conhecimento das diferenças, das singularidades e dos elementos que nos unem». 

A mensagem pontifícia recorda que a paz «é por sua vez um dom e um dever»: «dom e dever que têm de ser acolhidos, porque provêm da multiforme sabedoria de Deus, mas também custodiados, desenvolvidos e amadurecidos, porque os frutos que podem brotar desta fecunda planta dependem também de nossa responsabilidade pessoal e de nosso incansável empenho». 

Por isso, o Papa convida a «manterem alta a chama da paz, alimentada por gestos cotidianos de caridade e de amizade fraternas».

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Histórico acordo entre Santa Sé e Brasil

Baseado em uma «laicidade saudável»


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 13 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- A Santa Sé e a República Federal do Brasil assinaram um acordo de amizade e colaboração nesta quinta-feira, no Palácio Apostólico Vaticano, segundo deu a conhecer a Sala de Imprensa Vaticana.

O acordo foi assinado, por parte da Santa Sé, pelo arcebispo Dominique Mamberti, secretário para as Relações com os Estados, e por parte do Brasil, por Celso Amorim, ministro de Assuntos Exteriores. 

Assistiram ao ato numerosas personalidades, entre elas o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, e Dom Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, Dom Lorenzzo Baldisseri, núncio apostólico no Brasil, o presidente da República Federal do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, e a embaixadora do Brasil na Santa Sé, Vera Barroulin Machado. 

O acordo, explica a nota vaticana, «consolida ulteriormente os tradicionais vínculos de amizade e de colaboração existentes entre ambas as partes»; está composto por um preâmbulo e 20 artigos que regulam vários âmbitos, entre eles «o estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil, o reconhecimento dos títulos de estudo, o ensino religioso nas escolas públicas, o matrimônio canônico e o regime fiscal». Entrará em vigor após o intercâmbio das ratificações. 

No discurso de Dom Mamberti, o prelado recordou que «dois acontecimentos de particularíssima relevância marcam, nos dois últimos anos, a vida do Brasil e da Igreja Católica que vive nele». 

Um deles foi a visita apostólica de Bento XVI por ocasião da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida, em maio de 2007. 

No momento de sua chegada, recordou, o pontífice afirmou que o Brasil «ocupa um lugar muito especial no coração do Papa, não só porque é cristão e tem o número mais elevado de católicos, mas principalmente porque é uma nação rica de potencialidades com uma presença eclesial que é motivo de alegria e esperança para toda a Igreja». 

O olhar do Santo Padre, acrescentou Dom Mamberti, estendeu-se «desde o Brasil a toda a América Latina, um continente – afirma o documento conclusivo de Aparecida – que é em si mesmo um dom entregue benevolamente por Deus, graças à beleza e fecundidade de suas terras e à riqueza de humanidade que emana de sua gente, das famílias, dos povos e das múltiplas culturas». 

A segunda circunstância é precisamente a assinatura do acordo, «importante ato que se coloca no caminho desses vínculos de amizade e colaboração que subsistem há quase dois séculos entre as partes, e que hoje foram ulteriormente reforçados». 

Se a constituição de 1824 imprimia ao império brasileiro um caráter «estritamente confessional», explicou o representante vaticano, as sucessivas cartas fundacionais modificaram este marco, até a vigente constituição de 1988, que assegura «por uma parte a laicidade saudável do estado e, por outra, garante o livre exercício das atividades da Igreja em todos os âmbitos de sua missão». 

Como dizia o Concílio Vaticano II na Constituição Pastoral Gaudium et Spes, por outro lado, «a comunidade política e a Igreja são independentes e autônomas uma da outra em seus respectivos campos. Mas as duas, ainda que de diferente maneira, estão ao serviço da vocação pessoal e social dos próprios homens. Elas levarão a cabo este serviço pelo bem de todos, de forma tanto mais eficaz quanto mais cultivem uma saudável colaboração entre elas, segundo modalidades adaptadas às circunstâncias de tempo e lugar». 

Através da assinatura deste acordo, observou Dom Mamberti, este marco «recebe hoje uma ulterior confirmação, de caráter jurídico e internacional». 

Entre os principais elementos do texto, citou «o reconhecimento da personalidade jurídica das instituições previstas no ordenamento canônico, o ensino da religião católica nas escolas, como das demais confissões religiosas, o reconhecimento das sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial, a inserção de espaços dedicados ao culto nos ordenamentos urbanos e o reconhecimento dos títulos acadêmicos eclesiásticos».

A propósito disso, o prelado constatou que «estaria fora de lugar falar de privilégios, porque não há nenhum privilégio no reconhecimento de uma realidade social de tão grande relevância histórica e atual como a Igreja Católica no Brasil, sem que isso tire nada do que se deve aos cidadãos de outra fé e de distinta convicção ideológica». 

Da mesma forma, recordou «com sentido de gratidão» o papel da Conferência Episcopal Brasileira na gênese do Acordo, sublinhando que foi precisamente o episcopado brasileiro quem sugeriu em 1991 a oportunidade de estipular um Acordo internacional entre a Igreja e o Estado, impulso que levou em 2006 ao começo oficial das negociações. 

Neste contexto, Dom Mamberti augurou que o texto «possa o quanto antes entrar em vigor e contribuir, como está em suas finalidades, não só para consolidar os vínculos entre a Santa Sé e o Brasil e favorecer cada vez mais o desenvolvimento ordenado da missão da Igreja Católica, mas também para promover o progresso espiritual e material de todos os habitantes do país e colaborar, enquanto for possível, na solução dos grandes problemas que hoje preocupam a humanidade».

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Papa Bento XVI mostra influência de Pio XII no Concílio Vaticano II

Recolhe sua herança no 50º aniversário de seu falecimento


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 11 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Não é possível entender o Concílio Vaticano II sem levar em conta o magistério de Pio XII, considera Bento XVI, constatando que esse papa é, depois da Escritura, a fonte mais citada em seus documentos.

O Papa Joseph Ratzinger chegou a esta conclusão ao recolher a herança deixada à Igreja pelo pontificado de Eugenio Pacelli (1939-1958) no discurso que dirigiu neste sábado aos participantes de um congresso sobre «A herança do magistério de Pio XII e o Concílio Vaticano II», promovido pelas universidades pontifícias Gregoriana e Lateranense, no 50º aniversário da morte do servo de Deus. 

A intervenção do Papa mostra como este concílio ecumênico não supôs uma ruptura com o passado, mas seguiu a Tradição da Igreja, recebida e exposta pelo sumo pontífice, que havia precedido sua convocatória. 

«Certamente a Igreja, Corpo Místico de Cristo, é um organismo vivo e vital, que não está imobilizado no que era há 50 anos», reconheceu o Papa depois de repassar os grandes documentos do pontificado de Eugenio Pacelli. 

«Mas o desenvolvimento acontece com coerência. Por isso, a herança do magistério de Pio XII foi recolhida pelo Concílio Vaticano II e proposta às gerações cristãs posteriores.»

O Papa constatou que «nas intervenções orais e escritas apresentadas pelos padres do concílio Vaticano II se encontram mais de mil referências ao magistério de Pio XII». 

Nem todos os documentos do Concílio têm uma parte de notas, mas nos documentos que contam com isso, «o nome de Pio XII aparece mais de 200 vezes», informou. 

Isso quer dizer que, «com exceção da Sagrada Escritura, este papa é a fonte autorizada que o Concílio cita com mais freqüência». 

«Também – sublinhou –, as notas desses documentos não são, em geral, meras referências explicativas, mas com freqüência constituem autênticas partes integrantes dos textos conciliares; não só oferecem justificativas de apoio para o que afirma o texto, mas também oferecem uma chave de interpretação.»

O discurso do Papa se converteu, portanto, em uma reivindicação do papel histórico do falecido pontífice, em particular de seu magistério, pois «nos últimos anos, quando se falou de Pio XII, a atenção se concentrou de maneira excessiva em um só problema, tratado geralmente de maneira unilateral». 

«Independentemente de outras considerações, isso impediu uma visão adequada de uma figura de grande profundidade histórico-teológica como a de Pio XII», considerou. 

«Não surpreende, portanto – disse seu sucessor – que seu ensinamento continue difundindo luz ainda hoje na Igreja.»

«Na pessoa do Sumo Pontífice Pio XII, o Senhor fez à sua Igreja um dom excepcional, pelo qual todos devemos agradecer-lhe», afirmou. 

Conclusões do congresso 

Em suas palavras de saudação ao Papa, o arcebispo Rino Fisichella, reitor da Universidade Pontifícia Lateranense, mostrou como «o magistério de Pio XII, recolhido principalmente em suas 43 encíclicas e em seus numerosos discursos, não só foi propedêutico para o Concílio, mas marcou positivamente seu desenvolvimento». 

Por isso, ao explicar o espírito do Vaticano II, disse: «Não vigora a lei da descontinuidade, mas a de uma continuidade que se realiza em um desenvolvimento harmonioso, capaz de mostrar o progresso da doutrina sem alteração alguma». 

Por sua parte, na audiência, o Padre Gianfranco Ghirlanda, S.J., reitor da Universidade Pontifícia Gregoriana, explicou ao Papa que o congresso, que se celebrou na sede das duas universidades, «sublinhou mais uma vez a profundidade do magistério de Pio XII, que foi uma fonte riquíssima de tantos documentos do Concílio Vaticano II, assim como do magistério pós-conciliar».

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Agradecimento de rabino a Pio XII

Carta do rabino Zaoui ao Papa em 1944


Por Anita S. Bourdin

ROMA, quarta-feira, 5 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Um rabino francês agradeceu a Pio XII e aos sacerdotes católicos pela ajuda prestada aos judeus perseguidos durante a Shoah. Trata-se do rabino André Zoui, capelão, capitão do corpo expedicionário francês, que se dirigiu a Pio XII em 22 de junho de 1944 e cuja carta se encontra entre as peças mais interessantes da exposição sobre a biografia de Pio XII, apresentada no dia 3 de novembro no Vaticano. 

A exposição não busca dizer uma palavra sobre os fatos, gestos e palavras de Pio XII em favor dos judeus perseguidos, mas traçar o itinerário do Papa Eugenio Pacelli desde sua infância até sua morte em 1958, há 50 anos. 

A exposição apresenta as facetas de sua personalidade, desde seu amor aos animais (ele aparece fotografado com um canário e alguns cordeiros), sua fascinação por todas as invenções modernas (seu barbeador elétrico e sua máquina de escrever, sua presença nas ondas da Rádio Vaticano), sua preocupação constante pelos mais necessitados (os colchões instalados até nas escadas do Palácio Apostólico ou em Castel Gandolfo para acolher os refugiados da 2ª Guerra Mundial, sem distinção), seu amor às artes (e seu salvamento de obras de arte durante o conflito, ou o concerto da Orquestra Filarmônica de Israel, em 25 de maio de 1955, em sinal de «gratidão por sua obra em favor dos judeus perseguidos durante a guerra»), suas repetidas intervenções durante a guerra, sua atividade diplomática, etc. 

O rabino Zaoui recorda que pôde assistir a uma audiência pública do Papa «em 6 de junho de 1944, às 12h20», com «numerosos oficiais e soldados aliados». 

Menciona também sua visita ao Instituto Pio XI, «que protegeu durante mais de seis meses cerca de sessen60ta crianças judias, entre elas alguns pequenos refugiados da França». 

Diz ter-se sentido impressionado pela «solicitude paternal de todos os professores» e cita esta frase do prefeito de estudos: «Não fizemos nada além do nosso dever». 

Em 8 de junho de 1944, o rabino Zaoui resenha outro acontecimento do qual participou: a reabertura da sinagoga de Roma, fechada pelos nazistas em outubro de 1943. 

Assinala a presença de um sacerdote francês, o Pe. Benoit, «evadido da França», que se dedicou «ao serviço das famílias judaicas de Roma». O rabino resenha estas palavras do sacerdote e a forte impressão que tiveram na assembléia que o reconheceu e aclamou: «Amo os judeus de todo coração». Esta palavra recorda o rabino da de Pio XI, que diz assim: «Nós somos espiritualmente semitas». 

André Zaoui expressa seu reconhecimento: «Israel não esquecerá jamais». A carta se encontra também reproduzida no elegante e muito cuidado catálogo da exposição, publicado sob a autoridade da Comissão Pontifícia de Ciências Históricas («O homem e o pontificado 1876-1958», 238 páginas, Livraria Editora Vaticana, p. 157). 

Uma carta do cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, reproduzida em fac-símile (p. 13-14), sublinha a importância deste catálogo e da exposição, que ajuda a «dar a conhecer melhor um pontífice que é reconhecido justamente como um dos maiores personagens do século XX». 

Agradece vivamente a todos aqueles que participaram desta empresa e deseja que esta contribua «para a valorização, especialmente por parte das novas gerações, da extraordinária figura deste Papa, que soube preparar, com uma intuição profética dos sinais dos tempos, o caminho da Igreja na era contemporânea». 

A exposição, organizada no chamado «Braço de Carlos Magno», ou seja, do lado esquerdo da colunata de Bernini, olhando de frente para a fachada da Basílica de São Pedro, está aberta desde ontem até 6 de janeiro de 2009. Partirá depois para Berlim e Munique. 

Foi apresentada pelo presidente da Comissão Pontifícia de Ciências Históricas, professor Walter Brandmuller, por Giovanni Morello – da Fundação para os Bens e as Atividades Culturais da Igreja –, pelo vaticanista do jornal italiano Il Giornale, Andrea Tornielli, pelos professores Matteo Luigi Napolitano, Universidade do Molise, e por Philippe Chenaux, professor de História Moderna e Contemporânea na Universidade Pontifícia de Latrão e autor de uma obra titulada «Pio XII, diplomata e pastor», em presença do professor Cosimo Semeraro, sdb, secretário da Comissão Pontifícia.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Pressão para aprovar o aborto no Brasil não acabou

Líder pró-vida destaca importância da formação no campo da Bioética


SÃO PAULO, segunda-feira, 3 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- A pressão para aprovar o aborto no Brasil continua; diante disso, é importante a formação permanente de todos os fiéis no campo da Bioética, considera uma líder pró-vida no país.

A Dra. Lenise Garcia, professora da Universidade de Brasília e presidente do Movimento Nacional pela Cidadania em Defesa da Vida “Brasil Sem Aborto”, recorda que duas comissões da Câmara dos Deputados rejeitaram, este ano, um projeto de lei que legalizaria o aborto no país (PL 1135/91).

Mas isso não significa que os grupos pró-aborto tenham enfraquecido. «Há forte pressão da ONU e de ONGs que contam com financiamento externo para que o aborto seja aprovado no Brasil, e de modo geral na América Latina, contra a evidente vontade da população», disse a professora, no contexto do IV Seminário de Bioética da Diocese de Taubaté (São Paulo), realizado dia 25 de outubro.

De acordo com Lenise Garcia, há também o problema do «relativismo vigente», que descarta «os argumentos que se apóiam nos direitos e na dignidade da pessoa humana».

No contexto da rejeição do PL 1135/91, a professora considera que «foi em parte a mobilização dos eleitores, que se manifestaram perante os deputados (por carta, telefonema, e-mail ou visitas pessoais), que conseguiu a vitória da vida nas duas comissões, e esperamos que a consiga no Plenário».

Segundo a professora, os eleitores devem verificar a postura de seus candidatos em «questões importantes» como o tema da defesa da vida. «A consciência das pessoas está crescendo, e também os meios para informar-nos sobre os possíveis candidatos ao nosso voto».

Lenise Garcia considera também que é preciso elaborar políticas públicas que reconheçam o papel da família na estruturação da sociedade. «É importante que a legislação e as ações administrativas sejam feitas tendo-se em vista a proteção à família, ao casamento, à maternidade (incluída a gestação), à infância, à adolescência e à velhice».

Um outro campo de trabalho imprescindível, de acordo com a professora, «é a formação permanente de todos os fiéis no que se refere aos atuais desafios da Bioética».

«É preciso que os fiéis conheçam a doutrina da Igreja sobre questões como reprodução assistida, aborto (inclusive nos casos em que alguns pretendem abrir exceções), uso de células-tronco, etc.»

A professora cita «excelentes documentos», como a encíclica Evangelium Vitae, de João Paulo II, e o Donum Vitae, da Congregação para a Doutrina da Fé, «que poderiam ser mais amplamente difundidos».

Além disso – prossegue Lenise –, há que incentivar os leigos para que «assumam com ousadia o papel que lhes cabe na estruturação da sociedade, como cidadãos livres e responsáveis».

«O leigo precisa compreender que não fala "em nome da Igreja", mas que deve ser coerente com sua fé em todas as suas atuações sociais, políticas, econômicas», disse.

A professora destacou também a importância da oração no trabalho em defesa da vida. 

«A oração é o nosso sustentáculo». «Todos os cristãos podem contribuir com as suas orações a Deus para que se preserve no mundo a cultura da vida», afirma.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Bento XVI: diálogo entre culturas e religiões é «dever sagrado»

Recebeu uma delegação judaica em audiência hoje


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 30 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- No complexo mundo atual, o diálogo entre as culturas e as religiões é um dever sagrado, declarou Bento XVI nesta quinta-feira, ao receber em audiência os membros de uma delegação do International Jewish Committee on Interreligious Consultations. 

Recordando que há mais de 30 anos este Comitê e a Santa Sé mantiveram «contatos regulares e frutíferos, que contribuíram para uma maior compreensão e aceitação entre católicos e judeus», o Papa quis aproveitar esta ocasião para reafirmar «o compromisso da Igreja de levar a cabo os princípios expressados na histórica Declaração Nostra Aetate, do Concílio Vaticano II». 

O documento, explicou, «condenava firmemente toda forma de anti-semitismo e representava um marco na história das relações entre judeus e católicos; e também convidava a uma renovada compreensão teológica das relações entre a Igreja e o Povo de Israel». 

Hoje, afirmou Bento XVI, os cristãos são «cada vez mais conscientes do patrimônio espiritual que compartilham com o povo da Torá, o povo eleito por Deus em sua graça inefável, um patrimônio que requer mais apreço recíproco, estima e amor». 

Da mesma forma, os judeus estão chamados a «descobrir o que têm em comum com todos aqueles que crêem no Senhor, o Deus de Israel, que se revelou através de sua palavra poderosa e geradora de vida». 

Esta Palavra, observou o pontífice, «nos exorta a oferecer um testemunho comum do amor, da misericórdia e da verdade de Deus», «um serviço vital em nossa época, ameaçada pela perda dos valores morais e espirituais que garantem a dignidade humana, a solidariedade, a justiça e a paz». 

No mundo atual, caracterizado freqüentemente pela pobreza, pela violência e pela exploração, o diálogo entre as culturas e as religiões deve ser visto cada vez mais como «um dever sagrado que compete a todos aqueles que estão comprometidos na construção de um mundo mais digno do homem», constatou o Papa. 

A capacidade de aceitar uns aos outros e de dizer a verdade no amor é «essencial para superar as diferenças, prevenir os mal-entendidos e evitar confrontos inúteis». 

O diálogo, acrescentou, é «sério e honrado» só quando «respeita as diferenças e reconhece o outro em sua alteridade». 

Um diálogo sincero também «precisa de abertura e de um sólido senso de identidade por ambas as partes, para que cada uma se enriqueça com os dons da outra». 

Agradecendo ao Senhor pelos «progressos nas relações entre judeus e católicos», que se refletem em seus encontros com as comunidades judaicas em Nova York, Paris e no Vaticano, o Papa animou os presentes a «levarem adiante seu trabalho com paciência e renovado compromisso». 

«Com estes sentimentos, queridos amigos, peço ao Todo-Poderoso que continue velando sobre vós e sobre vossas famílias, e guie vossos passos pelo caminho da paz», concluiu. 

No mês que vem, o International Jewish Committee Consultations terá um encontro com uma delegação da comissão vaticana para as relações religiosas com o Judaísmo para discutir sobre o tema «Religião e sociedade civil», em Budapeste (Hungria).

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Bento XVI: «Estamos em dívida com o Concílio Vaticano II»

Mensagem aos participantes do Congresso sobre João Paulo II e o Concílio

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 28 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- «Os documentos conciliares não perderam sua atualidade com o passar do tempo», mas ao contrário, «revelam-se particularmente pertinentes em relação às novas instâncias da Igreja e da presente sociedade globalizada». Foi o que afirmou hoje o Papa Bento XVI, em uma extensa mensagem aos participantes do Congresso Internacional «O Vaticano II no Pontificado de João Paulo II», organizado pela Pontifícia Faculdade Teológica São Boaventura - Seraphicum - e pelo Instituto de Documentação e de Estudo sobre o Pontificado de João Paulo II. 

Segundo o Papa, «todos nós somos verdadeiramente devedores deste extraordinário acontecimento eclesial», do qual recorda que teve «a honra de participar como especialista». 

«Tornar acessível ao homem de hoje a salvação divina foi para o Papa o motivo fundamental da convocação do Concílio, e foi com esta perspectiva que os Padres trabalharam», explica Bento XVI.

Neste sentido, o Papa elogiou a figura e obra do Papa João Paulo II, «que naquele Concílio ofereceu uma contribuição pessoal significativa como Padre conciliar, da qual se converteu depois, por vontade divina, em executor primário durante os anos de seu pontificado». 

João Paulo II «acolheu praticamente em todos os seus documentos, e ainda mais em suas decisões e em seu comportamento como pontífice, as instâncias fundamentais do Concílio Ecumênico Vaticano II, do qual se converteu em intérprete qualificado e testemunha coerente», afirma. 

O Concílio, acrescenta, «brotou do coração de João XXIII, mas é mais exato dizer que em último termo, como todos os grandes acontecimentos da história da Igreja, brotou do coração de Deus, de sua vontade salvífica». 

«A múltipla herança doutrinal que encontramos em suas constituições dogmáticas, nas declarações e nos decretos, estimula-nos ainda agora a aprofundar na Palavra do Senhor para aplicá-la ao hoje da Igreja, tendo muito presentes as necessidades dos homens e mulheres do mundo contemporâneo, extremamente necessitado de conhecer e experimentar a luz da esperança cristã.»

O pontífice augura aos congressistas que se aproximem «dos documentos conciliares para buscar neles respostas satisfatórias aos muitos interrogantes de nosso tempo», seguindo o exemplo de São Boaventura, padroeiro do Seraphicum, instituição que organizou este congresso. 

«A sede de salvação da humanidade, que animava os Padres conciliares, orientando seu empenho na busca de soluções a tantos problemas atuais, não estava menos viva no coração de São Boaventura frente às esperanças e às angústias dos homens de seu tempo», acrescenta. 

«A meta última de todas as nossas atividades deve ser a comunhão com o Deus vivo. Assim, também para os Padres do Concílio Vaticano II, o fim último de todos os elementos da renovação da Igreja foi guiar ao Deus vivo revelado em Jesus Cristo», conclui o Papa. 

Sínodo acolhe magistério de patriarca ortodoxo pela primeira vez

Apresentada uma proposição ao Papa sobre a intervenção de Bartolomeu I


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 28 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus se converteu na primeira assembléia sinodal em acolher o magistério de um patriarca ortodoxo. 

A proposição 37 (das que o Sínodo adotou por pelo menos dois terços dos votos – o resultado exato da votação é secreto) recolhe o ensinamento que o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, apresentou aos padres sinodais. 

Em sua proposta ao Papa, os padres sinodais começam dando graças «a Deus pela presença e pelas intervenções dos delegados fraternos, representantes das demais Igrejas e comunidades eclesiais». 

No total, foram 11 e representaram o patriarcado de Constantinopla, o da Rússia, o de Romênia, o da Sérvia, a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Apostólica Armênia, a Comunhão Anglicana, a Federação Mundial Luterana, os Discípulos de Cristo e o Conselho Ecumênico das Igrejas. 

Os padres sinodais fazem referência particular à oração das Vésperas presidida pelo Papa Bento XVI junto a Sua Santidade Bartolomeu I na Capela Sistina, em 18 de outubro. 

«As palavras do patriarca ecumênico dirigidas aos padres sinodais permitiram experimentar uma profunda alegria espiritual e ter uma experiência viva de comunhão real e profunda, ainda que não seja perfeita; nelas experimentamos a beleza da Palavra de Deus, lida à luz da Sagrada Liturgia e dos Padres, uma leitura espiritual intensamente contextualizada em nosso tempo», diz a proposição aprovada pelo Sínodo. 

«Deste modo, vimos que recorrendo ao coração da Sagrada Escritura encontramos realmente a Palavra nas palavras; a Palavra abre os olhos dos fiéis para responder aos desafios do mundo atual», continuam dizendo os padres sinodais no enunciado. No total, aprovaram 55 proposições. 

«Também compartilhamos a experiência gozosa de ter padres comuns no Oriente e no Ocidente – acrescenta. Que este encontro se converta em estímulo para oferecer um ulterior testemunho de comunhão na escuta da Palavra de Deus e de súplica fervorosa ao único Senhor, para que se realize quanto antes a oração de Jesus: ‘Que todos sejam um’.»

O Papa se baseia, entre outras coisas, nas proposições aprovadas pelo Sínodo para a redação da exortação apostólica pós-sinodal. Em caso de que seja incluída esta proposição no documento, será a primeira vez que o magistério de um patriarca ortodoxo é acolhido explicitamente por este tipo de documentos magistrais da Igreja Católica. 

domingo, 19 de outubro de 2008

Patriarca de Constantinopla faz a palavra «tocar» o Sínodo

Uma intervenção que não tem precedentes na história


CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Com uma intervenção sem precedentes na história, o patriarca ecumênico de Constantinopla fez a Palavra de Deus tocar o Sínodo dos Bispos.

«Tocar e compartilhar a Palavra de Deus» foi, de fato, uma das três passagens da intervenção de Sua Santidade Bartolomeu I, na Capela Sixtina, na tarde deste sábado, durante uma celebração da Palavra, na qual se rezou em latim e grego.

O patriarca, que se encontrava à direita da assembléia sinodal, formada por um pouco mais de 400 cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, foi introduzido com palavras muito afetuosas de Bento XVI, que se encontrava à esquerda dos presentes.

A suas costas se encontrava o Juízo Final de Miquelângelo.

O primeiro patriarca ecumênico que é convidado a intervir no Sínodo dos Bispos da Igreja católica era consciente de que se tratava de um novo passo no caminho ecumênico.

«Vemos este gesto como uma manifestação da obra do Espírito Santo, que está levando nossas igrejas a uma relação mútua mais próxima e profunda, um passo importante para a restauração de nossa comunhão plena», reconheceu, falando em inglês.

Ao Sínodo, que está refletindo de 5 a 26 de outubro sobre «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja», Bartolomeu I apresentou uma meditação na qual recolheu a riqueza contemplativa da tradição oriental do cristianismo.

Sentado em um trono como o do Papa, com suas vestes de cor negra, ofereceu três pontos de meditação, que começaram explicando como «escutar e pregar a Palavra através da Escritura».

«A Igreja cristã é, antes de tudo, uma Igreja da Escritura. Ainda que os métodos de interpretação puderam variar nos padres da Igreja, ou segundo escolas ou entre Oriente e Ocidente; contudo, a Escritura sempre é recebida como uma realidade viva, e não como um livro morto», explicou.

Em segundo lugar, explicou com «ver a Palavra de Deus», em particular através «da beleza dos ícones e da natureza».

«Toda pincelada de um iconógrafo – assim como toda palavra de uma definição teológica, de toda nota cantada na salmodia, e de toda pedra talhada de uma pequena capela ou de uma grandiosa catedral – articula a divina Palavra na criação, que louva a Deus em todo ser vivo».

Em terceiro lugar explicou como «tocar e compartilhar a Palavra de Deus», em particular, através da Comunhão dos Santos e dos sacramentos.

«A Palavra de Deus se encarna plenamente na criação, antes de tudo, no sacramento da Santa Eucaristia. Nele, a Palavra se faz carne e não só nos permite escutá-la mas inclusive tocá-la com nossas próprias mãos», explicou.

«Na santa Eucaristia a Palavra escutada é ao mesmo tempo vista e compartilhada», assegurou, com palavras que concluíam uma celebração animada pelo canto gregoriano.

Segundo o patriarca, «o desafio que temos é o de discernimento da Palavra de Deus perante o mal, a transfiguração do último detalhe ou fragmento deste mundo à luz da Ressurreição».

O Papa agradeceu depois em italiano as palavras do patriarca, e lhe assegurou que seriam motivo de trabalho e reflexão para o Sínodo.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Representante ortodoxo vê Papa como sinal de unidade entre cristãos

Intervenção do arquimandrita Ignatios D. Sotiriadis


CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- O representante da Igreja Ortodoxa da Grécia reconheceu diante do Sínodo dos Bispos o papel do bispo de Roma como sinal de unidade entre os cristãos.

Assim expôs o arquimandrita Ignatios D. Sotiriadis, conselheiro da Representação da Igreja da Grécia na União Européia, ao tomar a palavra neste sábado na assembléia sinodal sobre a Palavra de Deus.

Sua relação foi a mais aplaudida na primeira semana de intervenções na sala do Sínodo.

«Santidade – disse –, nossa sociedade está cansada e doente! Procura, mas não encontra! Bebe, mas não se sacia! Exige de nós, os cristãos (católicos, ortodoxos, protestantes, anglicanos), um testemunho comum, uma voz unida! Esta é nossa responsabilidade como pastores das Igrejas no século 21!»

Deste modo, ele apresentou «a missão primária, histórica e extraordinária do primeiro bispo da cristandade, quem preside na caridade e, sobretudo, de um Papa que é Magister Theologiae (professor de teologia, N. do T.): ser sinal visível e paterno de unidade e guiar, sob a orientação do Espírito Santo e segundo a Sagrada tradição, com sabedoria, humildade e dinamismo, junto a todos os bispos do mundo, co-sucessores dos apóstolos, toda a humanidade a Cristo Redentor!”.

«Este é o desejo profundo de quem guarda no coração a nostalgia dolorosa da Igreja não dividida, Una, Sancta, Catholica et Apostolica! Assim como de quem, em um mundo sem Cristo, dirige-lhe, com paixão, com confiança filial e fé, mais uma vez, o grito dos apóstolos: Senhor, a quem iremos? Só tu tens palavras de vida eterna!», disse o arquimandrita.

Falando do tema da assembléia, o «delegado fraterno» reconheceu que a história da cristandade está cheia de crimes, pecados e erros. Então se questiona sempre o problema da interpretação autêntica da Palavra de Deus.

Ele disse também que não são suficientes as boas intenções para guiar o povo de Deus ao Reino prometido. É necessária a metanoia e a metamorfosis dos nossos fracos corações.

Neste contexto, ele concluiu afirmando que a Igreja vive da fonte da vida que é a Sagrada Escritura. Ela ensina à Europa secularizada o amor pela criação em perigo, o perdão e a reconciliação com quem quer começar uma nova vida, o respeito por toda pessoa humana, feita à imagem de Deus, assim como a paz, a justiça, a igualdade entre o homem e a mulher, judeu ou grego.

domingo, 14 de setembro de 2008

Bento XVI: rito extraordinário em latim não se opõe ao Concílio

Afirmou aos jornalistas do vôo papal antes de aterrissar na França

PARIS, sexta-feira, 12 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- É infundado ver na publicação do «motu proprio» sobre o rito extraordinário da missa em latim, como se celebrava antes do Concílio Vaticano II, uma volta atrás, afirmou nesta sexta-feira o Papa Bento XVI aos jornalistas que o acompanhavam durante o vôo papal à França.

Como é tradicional, o Papa se aproximou dos 70 jornalistas que o acompanhavam no avião e respondeu, durante cerca de 10 minutos, quatro perguntas, antes de aterrissar no aeroporto parisiense de Orly.

Liturgia

Diante da pergunta de se é um retrocesso para a Igreja a publicação do motu proprio Summorum Pontificum sobre o rito extraordinário em Latim na missa (7 de julho de 2007), o Papa explicou que «é um medo infundado, pois este 'motu proprio' é simplesmente um ato de tolerância, com um objetivo pastoral, para pessoas que foram formadas nesta liturgia, que a amam, que a conhecem e querem viver com esta liturgia».

«É um pequeno grupo, pois supõe uma formação em latim, uma formação em certa cultura. Mas me parece uma exigência normal da fé e da pastoral para um bispo de nossa Igreja ter amor e tolerância por estas pessoas e permitir-lhes viver com esta liturgia», reconheceu o Papa.

«Não há oposição alguma entre a liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II e esta liturgia. Cada dia, os padres conciliares celebraram a missa segundo o rito antigo e, ao mesmo tempo, conceberam um desenvolvimento natural para a liturgia em todo este século, pois a liturgia é uma realidade viva, que se desenvolve e que conserva em seu desenvolvimento sua identidade.»

«Portanto, há certamente acentos diferentes, mas uma identidade fundamental que exclui uma contradição, uma oposição entre a liturgia renovada e a liturgia precedente. Creio que existe uma possibilidade de enriquecimento pelas duas partes.»

«Está claro que a liturgia renovada é a liturgia cotidiana do nosso tempo», concluiu.

Laicidade

A primeira pergunta havia sido sobre a laicidade. O jornalista perguntou ao Papa se por causa desta visão da separação entre a Igreja e o Estado a França está perdendo sua identidade cristã.

«Parece-me evidente hoje que a laicidade não está em contradição com a fé. Eu diria inclusive que é um fruto da fé, pois a fé cristã era, desde o início, uma religião universal, portanto, não se identificava com um Estado e estava presente em todos os Estados.»

«Para os cristãos, sempre estava claro que a religião e a fé não eram políticas, mas que faziam parte de outra esfera da vida humana, indicou. A política, o Estado, não eram uma religião, mas uma realidade profana com uma missão específica e as duas deviam estar abertas mutuamente.»

Neste sentido, o Papa disse aos cristãos de hoje neste mundo secularizado: «é importante viver com alegria a liberdade de nossa fé, viver a beleza da fé, e mostrar ao mundo de hoje que é belo ser crente, que é belo conhecer Deus, Deus com um rosto humano em Jesus Cristo, mostrar a possibilidade de ser crente hoje, e inclusive que é necessário para a sociedade de hoje que haja homens que conhecem Deus e que, portanto, possam viver segundo os grandes valores que Ele nos deu e contribuir com a presença de valores que são fundamentais para a construção e sobrevivência de nossos Estados e sociedades».

Amigo da França

Outra pergunta dos jornalistas permitiu ao Papa confessar sua admiração pela França e sua cultura.

«Amo a França, a grande cultura francesa, sobretudo, claro está, as grandes catedrais, e também a grande arte francesa, a grande teologia.»

Após recordar que manteve contatos com alguns dos maiores teólogos e pensadores franceses do século XX, confessou que esta bagagem de amizades e experiências: «determinou realmente, de maneira profunda, meu desenvolvimento pessoal, teológico, filosófico e humano».

Lourdes

Por último, o Papa falou do motivo central de sua viagem ao país, a visita a Lourdes por ocasião dos 150 anos das aparições da Virgem Maria.

O dia da festa de Santa Bernadete, a jovem testemunha destas aparições, «é também o dia de meu nascimento. Por este motivo, eu me sinto muito próximo dessa pequena santa, dessa pequena jovem, pura, humilde, que falou com Nossa Senhora».

«Encontrar esta realidade, esta presença de Nossa Senhora em nossa época, ver os passos dessa pequena jovem que era amiga de Nossa Senhora e, por outro lado, encontrar Maria, sua Mãe, é por outro lado um acontecimento muito importante para mim.»

«Naturalmente, não vamos para encontrar milagres. Vou para encontrar o amor da Mãe, que é a verdadeira cura para todas as dores e para ser solidário com todos os que sofrem, no amor da Mãe. Este me parece um sinal muito importante para a nossa época», declarou.

O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé, pediu aos jornalistas que viajavam com o Papa que apresentassem as perguntas por escrito. Foram lidas em francês e o Papa respondeu neste idioma.

Segundo declarou o Pe. Lombardi, estas 4 respostas «deram verdadeiramente um tom, uma inspiração a quem deseja acompanhar o Santo Padre, compreendendo verdadeiramente o espírito de sua peregrinação e de sua visita à França».

Jean-Marie Guénois, correspondente do jornal «Le Figaro», que se encontrava no avião pontifício, explicava que em seu encontro com os jornalistas, «o Papa parecia muito sereno e em boa forma».


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domingo, 24 de agosto de 2008

Bento XVI reafirma missão de servir à «unidade da única Igreja»

A profissão de fé de Pedro, fonte do ministério petrino

Por Inmaculada Álvarez

CASTEL GANDOLFO, domingo, 24 de agosto de 2008 (ZENIT.org).- «A missão de Pedro e de seus sucessores é precisamente servir à unidade da única Igreja de Deus», explicou hoje o Papa aos peregrinos congregados no pátio do palácio apostólico de Castel Gandolfo para a oração do Ângelus.

Bento XVI dedicou sua reflexão ao evangelho de hoje, que relata a profissão de fé do apóstolo Pedro, a aprofundar no «ministério petrino» e na sua «particular missão» em relação com a unidade da Igreja.

O Papa citou o diálogo entre Jesus e Pedro: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. A esta inspirada profissão de fé por parte de Pedro, Jesus replica: Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. A ti darei as chaves do reino dos céus».

«Foi a primeira vez que Jesus fala da Igreja, cuja missão é a atualização do desenho grandioso de Deus de reunir em Cristo à humanidade inteira em uma única família», explicou.

Neste sentido, acrescentou, «a missão de Pedro e de seus sucessores é precisamente servir a esta unidade da única Igreja de Deus formada por judeus e pagãos».

«O ministério indispensável de Pedro é o de fazer que a Igreja não se identifique nunca com uma só nação, com uma só cultura, mas que seja a Igreja de todos os povos, para fazer presente entre os homens, marcados por numerosas divisões e contrastes, a paz de Deus e a força renovadora de seu amor».

«Servir portanto à unidade interior que provém da paz de Deus, a unidade de todos que em Jesus Cristo se converteram em irmãos e irmãs: esta é a missão peculiar do Papa, bispo de Roma e sucessor de Pedro», explicou o Papa.

Bento XVI confiou aos presentes que esta tarefa comporta uma «enorme responsabilidade», frente à qual ele mesmo necessita ser sustentado pela oração dos fiéis.

«Advirto cada vez mais o compromisso e a importância do serviço à Igreja e ao mundo que o Senhor me confiou. Por isto vos peço, queridos irmãos e irmãs, que me sustenteis com vossa oração, para que, fiéis a Cristo, possamos juntos anunciar e testemunhar sua presença neste nosso tempo», disse o Papa aos presentes.

Por outro lado, o Papa se referiu à pergunta que Jesus dirige a seus discípulos, «e vós, quem dizeis que eu sou?», afirmando que esta pergunta «se dirige a nós, cristãos, mas ao mesmo tempo a todo homem e mulher».

A Igreja continua hoje repetindo a solene profissão de Pedro, acrescenta o Papa. «Sim, Jesus, tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo! O fazemos com a consciência de que Cristo é o verdadeiro «tesouro» pelo qual vale a pena sacrificar tudo».

«Ele é o amigo que nunca nos abandona, porque conhece as esperanças mais íntimas de nosso coração. Jesus é o «Filho do Deus vivo», o Messias prometido, vindo à terra para oferecer à Humanidade a salvação e para satisfazer a sede de vida e amor que habita em todo ser humano».

«Que benefício teria a humanidade se acolhesse este anúncio que traz consigo a alegria e a paz!», acrescentou o Papa.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O Resultado da Reforma Protestante


Por Emerson H. de Oliveira

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Encontro histórico entre os membros do Veritatis Splendor

Como todos já sabem no último dia 02 de Agosto (sábado) foi a cerimônia de ordenação sacerdotal de D. Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen-RS. Cerimônia muito linda realizada na Catedral da Sé em São Paulo-SP.

Eu saí de Brasília na sexta-feira dia 01 de Agosto e fui acolhido pelo meu caríssimo companheiro de apostolado Sílvio Medeiros e sua esposa Karen. Foi nesta oportunidade que nos conhecemos pessoalmente.


Sílvio e eu com o seu filho caçula o pequeno Samuel.

No sábado saímos pela manhã para nos encontrarmos com os outros membros do Veritatis Splendor que estariam nos esperando na Catedral da Sé para acompanharmos juntos todo cerimonial. Rafael Cresci chegou mais cedo e conseguiu garantir alguns lugares para nós. Ficamos sentados nos primeiros bancos do lado direito da igreja, bem ao lado do mosaico de S. Paulo Apóstolo, onde estava cantando o coral da Paróquia de Santo Antonio do Limão.


Assim que chegamos começaram as alegrias. Pouca gente sabe, mas eu e o Carlos Nabeto que fundamos juntos o Apostolado Veritatis Splendor não nos conhecíamos pessoalmente. Nosso primeiro contato foi em 1999 quando eu ainda era protestante. Depois de 9 anos realizamos um grande sonho que foi nos conhecermos pessoalmente.

Carlos Nabeto, Pe. Prof. Dr. Manoel Augusto Santos e Eu.

Foi nos encontrar também o Wellington Campos Pinho. Ele foi membro do Veritatis Splendor e deixou o Apostolado para se dedicar ao seu belo projeto que é o Bíblia Católica Online. Continuamos amigos até hoje e também lá tivemos a oportunidade de nos conhecer pessoalmente.

Depois de 9 anos revi meu caro amigo Rafael Cresci que tanto me ajudou no meu início de trabalho apologético na Internet oferecendo-me toda a infra-estrutura para que eu pudesse montar meu antigo site Ictis.cjb.net.

Muito bacana também foi conhecer pessoalmente meu querido companheiro de Apostolado Cledson Ramos depois de também 9 anos de contatos virtuais. Estavam lá também o Luis Guilherme recém chegado à família Veritatis Splendor e o Vinícius da comunidade católicos do Orkut. Acompanhamos todos juntos a Santa Missa onde D. Keller foi ordenado Bispo.

Ao final juntaram-se a nós o Márcio Antonio de Campos, também membro do Veritatis e que muitos de nós não conheciam pessoalmente; e a Juliana Ribeiro Lima muito ativa na comunidade católicos do Orkut. A Juliana foi protestante adventista e presbiteriana. Deixou o protestantismo ajudada pelo Rondinelly Ribeiro (membro do VS) entre outros fatores. Quando eu soube que aquela moça alegre e comunicativa que estava ali entre nós era a Juliana que ajudamos a trazer para a Verdadeira Fé, minha alegria ficou maior ainda!

Cresci, Nabeto, eu, Luis Guilherme, Marcio Antonio, Juliana e Cledson Ramos.

Ao final da cerimônia tentamos encontrar D. Keller para cumprimentá-lo e CONSEGUIMOS! Com muito custo (pois gente querendo falar com ele é o que não faltava) conseguimos alguns instantes de prosa.

Vinicius, Nabeto, Marcio Antonio, eu, Cledson e Luis Guilherme. Na frente Cresci, D. Keller e Juliana.

Depois de muito debate... resolvemos almoçar no Galetos da Augusta. Ficamos lá horas comendo uma boa refeição regada a um bom vinho e acompanhada de um excelente papo. Infelizmente Sílvio, Wellington e o Vinícius não puderam nos acompanhar.


No final da tarde, o Márcio e o Luis nos deixaram. Juliana nos levou para lanchar numa ótima padria perto da Av. Paulista. Ao final do lanche fomos todos embora. Eu, Rafael Cresci e a Juliana dividimos um táxi. Ela foi para casa e nós para a casa do Sílvio que estava nos hospedando.

No domingo do dia 03 de Agosto pela manhã, o Sílvio levou a mim e o Cresci à Paróquina de Santo Antonio no Limão, onde D. Keller iria rezar sua primeira Missa como Bispo. O Sílvio teve que ir embora e nos despedimos. Eu e o Cresci assistimos a Santa Missa e ao final nos despedimos pois já estava mais que na hora para eu pegar um táxi até Congonhas. Afinal já eram quase 13:00 e meu vôo para Brasília saía às 14:00.

Foi para mim um final-de-semana muito especial pelo qual sou muito grato a Deus.

domingo, 3 de agosto de 2008

Primeira Missa de D. Antonio Keller

Ontém no dia 03/08 (domingo) às 10:30 da manhã começou a primeira missa rezada pelo recém ordenado Bispo D. Antonio Keller. A missa foi celebrada na Paróquia Santo Antonio, no bairro do Limão em São Paulo-SP onde D. Keller serviu como padre durante muitísismos anos.

Fomos eu e o Rafael Cresci. Quando chegamos a Igreja estava simplemente lotada, com gente "saindo pelo ladrão".

A homilia de D. Keller foi maravilhosa (daí pude compreender melhor de onde vem tanto amor da comunidade pelo seu pároco). Ao final, o coral da paróquia do Limão (que também cantou na cerimônia de ordenação episcopal na Catedral da Sé) cantou uma música que compuseram em homenagem a D. Keller. Foi um momento de grande emoção, nesta hora não teve jeito e as lágrimas vieram mesmo ao meus olhos.

D. Keller na homilia de sua primeira missa como Bispo

A Missa cabou às 12:35 e eu já tinha que sair correndo para pegar um táxi e ir direto ao aeroporto. E por isso, infelizmente não pude dar meu abraço de despedida em nosso Revmo Exmo Bispo D. Antonio Keller, nosso grande amigo e pai.

Que Nosso Senhor Jesus Cristo abençoe abundantemente este servo de Deus. E que Nossa Senhor proteja D. Keller neste seu novo serviço à Santa Igreja Católica.

VS presente na Ordenação Episcopal de mons. Antonio Carlos Rossi Keller

Na data de ontem, 02.08.2008, diversos membros do Apostolado Veritatis Splendor (Alessandro Lima, Carlos Nabeto, Cledson Ramos, Luís Guilherme, Márcio Antonio, Rafael Cresci e Sílvio Medeiros), tiveram a grande honra de comparecer à ordenação episcopal de seu diretor espiritual, mons. Antonio Carlos Rossi Keller, na Catedral Metropolitana de São Paulo.

Da esquerda para direita: Nabeto, Alessandro, Sílvio, Márcio Antonio, Luis Guilherme, Cledsoon e Vinícius.
Na frente: Rafael Cresci e Wellington Pinho.


A cerimônia de ordenação, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, ao lado dos Bispos co-ordenantes, Dom Dadeus Grings e Dom Joaquim Justino Carreira, foi magnífica e transmitida ao vivo, para todo o Brasil, pela TV Canção Nova.

Da esquerda para direita: Vinícius, Carlos Nabeto, Márcio Antonio, Alessandro Lima, Cledson e Luis Guilherme. Na Fente: Rafael Cresci, D. Antonio Keller e Juliana.

Ao final da cerimônia, Dom Keller pronunciou uma emocionante Mensagem dirigida principalmente ao Povo de Deus da Diocese de Frederico Westphalen-RS, que pode ser lida na íntegra AQUI.

Para ver outras fotos da ordenação, clique AQUI.