sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Brasil ganha três novos beatos

Os mártires Albertina Berkenbrock, padre Manuel e coroinha Adílio

SÃO PAULO, sexta-feira, 19 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- O Brasil ganhará este final de semana três novos beatos, testemunhas da esperança cristã e do amor a Deus e ao próximo.

No sábado, dia 20, às 16h, na praça da Catedral de Tubarão (Santa Catarina, sul do país), será beatificada Albertina Berkenbrock. Esta leiga brasileira, nascida em 1919, foi martirizada em 1931.

A beatificação trará a Tubarão um grande número de pessoas, de várias partes do país. Esperam-se caravanas de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, além de Santa Catarina. O público estimado pode ultrapassar 20 mil pessoas.

Também na região sul do país (Estado do Rio Grande do Sul), no domingo, se celebrará, às 16h, no Parque Municipal de Exposições de Frederico Westphalen a beatificação de Manuel Gómez González –espanhol, sacerdote diocesano, nascido em 1877– e Adílio Daronch –brasileiro, leigo, nascido em 1908. Os dois foram martirizados em Feijão Miúdo, em 1924.

Aqui também são esperadas caravanas de diferentes partes do Brasil. Cerca de 100 mil pessoas devem participar da missa de beatificação.

Ambas celebrações serão presididas pela cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, e contarão com a presença do núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, e de dezenas de bispos e sacerdotes.

Albertina Berkenbrock nasceu a 11 de abril de 1919, na comunidade de São Luís. Foi batizada no dia 25 de maio de 1919, crismou-se a 9 de março de 1925 e fez a primeira comunhão no dia 16 de agosto de 1928.

Cresceu num ambiente simples, belo e cristão de sua família. Ela ajudava os pais nos trabalhos da roça e em casa. Confessava-se com freqüência, ia regularmente à missa, comungava com fervor. Preparou-se com muita diligência para a primeira comunhão. Falava muitas vezes da Eucaristia e dizia que o dia de sua primeira comunhão fora o mais belo de sua vida.

Martirizada aos 12 anos de idade ao lutar para preservar sua pureza e virgindade, «a bem-aventurada Albertina será modelo para os jovens de que não se pode ter medo de ser santo», destacou a Zenit Dom Jacinto Bergmann, bispo da diocese de Tubarão.

Segundo o prelado, Albertina foi uma menina que «ousou ser santa», para defender sua pureza diante de um agressor e, por conseguinte, defender a dignidade da mulher.

Já o padre Manuel Gómez Gonzáles nasceu aos 29 de maio de 1877, em São José de Ribarteme, na Província de Pontevedra, na Espanha. Foi ordenado sacerdote a 24 de maio de 1902, na capela do Paço Episcopal de Túi.

Com abertura de coração e espírito missionário seguiu para o Brasil em 1913. O sacerdote foi encaminhado para a diocese de Santa Maria (Rio Grande do Sul), fundada em 1910, com poucos padres.

A 23 de janeiro de 1914, recebia a paróquia de Nossa Senhora da Soledade. Em dezembro de 1915, foi nomeado pároco de Nossa Senhora da Luz, em Nonoai, norte do Estado.

Na páscoa de 1924, recebeu uma carta do bispo de Santa Maria, que lhe pedia para ir à paróquia vacante de Palmeira das Missões para celebrar a páscoa dos militares no Alto Uruguai e também celebrar uma missa, fazer alguns batizados e casamentos na nova comunidade da Linha Três Passos, onde ele também deveria abençoar o novo cemitério.

Padre Manuel convidou então o seu coroinha, Adílio Daronch, de apenas 15 anos de idade (nascido em Dona Francisca, a 25 de outubro de 1908), para acompanhá-lo nesta viagem de evangelização.

O Rio Grande do Sul vivia momentos convulsos essa época. O estado acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos (Revolução de 1923), em que houve muita violência e derramamento de sangue.

Após celebrar a Páscoa no Alto Uruguai, ao seguirem viagem, padre Manuel e coroinha Adílio foram executados por revolucionários que estavam espalhados pela região.

Os próprios colonos que encontraram os corpos amarrados em uma árvore os enterraram. Em cima da cruz da sepultura, escreveram: «mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja, assassinados a 21 de maio de 1924».

«O padre Manuel não teve medo de anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. Ele serve de exemplo a todos nós, no desafio de sermos missionários», comentou a Zenit o padre Luiz Dalla Costa, administrador diocesano da vacante diocese de Frederico Westphalen.

Jesus inovou laicidade, afirma Papa

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 19 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI explicou que Jesus contribuiu com uma «novidade substancial» para compreender o termo laicidade.

Em uma mensagem enviada por ocasião do centenário da primeira Semana dos Católicos Italianos nesta sexta-feira, convida os católicos a «interrogarem-se» sobre este conceito utilizado para diferenciar os âmbitos «entre a religião e a política».

«A novidade substancial oferecida por Jesus é que abriu o caminho para um mundo mais humano e mais livre, em pleno respeito da distinção e da autonomia que existe entre o que é de César e o que é de Deus», afirmou, citando a passagem evangélica de Mateus (22, 21).

«A Igreja, portanto, ainda que por um lado reconheça que não é um agente político, por outro, não pode deixar de interessar-se pelo bem de toda a comunidade civil, na qual vive e trabalha.»

A «contribuição peculiar» que a Igreja oferece nesse sentido, concluiu, consiste em formar «nas classes políticas e empresariais um espírito genuíno de verdade e honestidade, orientado à busca do bem comum, e não do benefício pessoal».

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Fraternidade São Pio X nomeia comissão teológica para estudar Vaticano II

.- O líder da Fraternidade São Pio X, Dom Bernard Fellay, nomeou os membros desta instituição que conformarão uma comissão teológica para o estudo do Concílio Vaticano II.

Os nomes dos teólogos seguidores do bispo cismático francês, Marcel Lefevbre, nomeados para esta comissão são: Patrick de La Rocque, Grégoire Célier, Thierry Gaudray, Alvaro Calderón e Jean-Michel Gleize.

Conforme informa o site Le Foum Catholique, "isto confirma as informações provenientes da Fraternidade São Pio X e do Studium de RRPP dos Dominicanos de Toulouse (França) a propósito das discussões doutrinais que se realizaram na Universidade de Roma, entre cujos teólogos se encontrava o Cardeal Georges Marie Martin Cottier", teólogo da Casa Pontifícia.

Jean-Michel Gleize é professor do seminário internacional de Ecône (lefebvrista) e autor do livro Le Successeur de Pierre (O Sucessor de Pedro). Patrick de La Rocque dirige o priorado de Gragnague (lefebvrista), em Haute-Garonne, e é redator de Problème de la réforme liturgique (Problema da reforma litúrgica) e de l'œcuménisme à l'apostasie silencieuse, vingt-cinq ans de pontificat (Do ecumenismo à apostasia silenciosa: 25 anos de pontificado).

sábado, 13 de outubro de 2007

Acusam a organização abortista de manipular cifras de aborto nos Estados Unidos

.- O Population Research Institute (PRI), que vigia a organizações que querem impor o aborto e a contracepção compulsiva no mundo, denunciou esta quinta-feira o recente relatório sobre o aborto no mundo divulgado pela controvertida organização abortista "The Guttmacher Institute".

A cada ano, o instituto Guttmacher, batizado em honra de um reconhecido abortista e eugenista norte-americano, Alan Guttmacher, publica um relatório sobre a suposta situação do aborto no mundo.

Mas segundo o diretor do PRI, Steven W. Mosher, o relatório deste ano, como os anteriores "não é mais que um exercício de fantasia para beneficiar-se".

O "estudo" de Guttmacher, divulgado nesta quinta-feira assinala que em 2003 se realizaram 42 milhões de abortos no mundo, a maioria deles em países em desenvolvimento, onde o aborto não é legal.

"É impossível compilar informação confiável sobre a realidade de países em desenvolvimento, nem Guttmacher nem ninguém pode saber quantos abortos se realizaram no mundo este ano ou qualquer outro ano", explica Mosher, ao assinalar que nenhuma instituição e menos Guttmacher, que opera confortavelmente de Nova Iorque, conta com ferramentas para contabilizar os abortos.

"Em Colômbia, por exemplo, Guttmacher informa de centenas de milhares de abortos; entretanto, recentemente, o PRI foi informado pelo Vice Ministro da Saúde desse país que no país se realizaram 50 abortos no mês de maio".

"Este é um indício da magnitude dos exageros de Guttmacher".

Segundo Mosher, Guttmacher "deliberadamente exagera a magnitude do problema do aborto para criar a impressão de que se trata de uma ‘crise de saúde’. Depois de tudo, enquanto possam aduzir que mais mulheres realizam abortos ‘inseguros’, maior é o número de mulheres que supostamente morrem pelo processo"; e desta forma, podem tentar convencer da "necessidade" de legalizar o aborto ali onde é atualmente ilegal.

"Em sua qualidade de braço investigador de Paternidade Planejada (Planned Parenthood, o principal fornecedor de abortos do mundo), o instituto Alan Guttmacher reflete necessariamente a agenda de sua organização patrocinadora, que consiste em impor o aborto a pedido em todos os países do mundo", conclui Mosher.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ao inaugurar "Porta de Bronze" do Vaticano: A Casa do Papa está aberta a todos diz o Papa Bento XVI

VATICANO, 12 Out. 07 / 12:00 am (ACI).- O Papa Bento XVI inaugurou ao meio-dia a restauração do famoso "Portone di Bronzo" (Porta de Bronze) a entrada principal do Palácio Apostólico Vaticano, logo depois de dois anos de trabalho para recuperar seu esplendor original.

O Papa recordou que "a Porta de Bronze foi feita por Giovanni Battista Soria e Orazio Censore durante o pontificado de Paulo V, que entre 1617 e 1619 quis renovar completamente toda a estrutura da "Porta Palatii" (Porta dos Palácios). Em 1663, depois da colossal obra arquitetônica de Gian Lorenzo Bernini, situou-se no lugar atual, quer dizer, entre a Colunata da Praça de São Pedro e o Braço de Constantino".

Apesar de que se pensou restaurar por motivo do Grande Jubileu de 2000, só foi possível começar as obras em 2006.

"Agora -afirmou o Papa- recuperou seu lugar e sua função, sob o formoso mosaico que representa à Virgem com o Menino entre São Pedro e São Paulo".

"Precisamente porque marca o acesso à casa daquele a quem o Senhor chamou a guiar como Pai e Pastor a todo o Povo de Deus, esta Porta assume um valor simbólico e espiritual. Atravessam-na quem devem encontra o Sucessor de Pedro, peregrinos e visitantes que se dirigem aos diferentes escritórios do Palácio Apostólico".

Bento XVI manifestou o desejo de que "os que entrem pela Porta de Bronze possam sentir-se nada mais que entrar acolhidos pelo abraço do Papa. A casa do Papa está aberta a todos".

O Santo Padre finalmente agradeceu aos que colaboraram nesta obra de restauração: aos serviços técnicos do Governo do Estado da Cidade do Vaticano e aos restauradores dos Museus Vaticanos".

Lei de "pesquisa biomédica" promove morte de seres humanos, adverte especialista

.- "A Lei de Pesquisa Biomédica não é respeitosa nem segura para os embriões humanos, pois permite usar suas células e tecidos sem reparar em que, para a obtenção dos mesmos, o embrião morre", assinalou Mónica López Barahona, doutora em Ciências Químicas e diretora geral do Banco de Cordão Umbilical VidaCord.

Assim indicou a especialista na conferência inaugural do II Simpósio Nacional sobre Objeção de Consciência, organizado pela Associação Nacional para a Defesa da Objeção de Consciência (ANDOC).

Em nota de imprensa divulgada pela Fundação Vida, López indicou que "esta prática não é respeitosa com os direitos dos cidadãos. Como eu, muitos outros cidadãos, ao mesmo tempo em que cientistas, não vemos absolutamente nossos direitos respeitados nesta norma. Assim muitos o expressamos em seu momento em um manifesto cujas sugestões não se recolheram no articulado desta lei".

Em sua opinião esta norma "contradiz-se quando afirma que protege a dignidade e identidade do ser humano, enquanto que de uma vez permite a eliminação de embriões sãos. Os embriões são indivíduos da espécie humana. São seres humanos. Não se pode dizer que se protege a saúde se favorecer o diagnóstico cujo fim é eliminar ao embrião doente. que se permita gerar embriões para matá-los alguns dias depois e empregar assim suas células tronco (estaminais), não favorece a saúde dos adultos doentes".

"Hoje não há um só ensaio clínico em marcha com células tronco embrionárias frente a centenas de ensaios clínicos com células tronco adultas", advertiu.

A diretora geral do Banco de Cordão Umbilical VidaCord também manifestou que a lei autoriza as técnicas de transferência nuclear com fins terapêuticos e de investigação, e de uma vez proíbe a criação de embriões para pesquisa. "Mas as técnicas de transferência nuclear com fins de pesquisa supõe a criação de embriões destinados à investigação, questão que a lei diz proibir sempre", precisou.

Para mais informação pode escrever a comunicacion@fundacionvida.net ou acessar: www.fundacionvida.net

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ortodoxos russos abandonam colóquios ecumênicos de Ravena


Por divergências com o Patriarcado de Constantinopla

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 11 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- A Santa Sé espera que não haja repercussões no diálogo ecumênico das dificuldades entre ortodoxos na X Sessão Plenária da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto.

Em comunicado, a delegação do Patriarcado Ortodoxo de Moscou informa que deixou a plenária por divergências com o Patriarcado Ecumênico Ortodoxo de Constantinopla sobre a questão do estatuto da Igreja Ortodoxa na Estônia.

O Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé e da «Rádio Vaticano», explica em uma declaração que «é preciso desejar que estas dificuldades entre os ortodoxos não prejudiquem o diálogo oficial da Ortodoxia com a Igreja Católica e que possam ser resolvidas logo».

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Papa convida católicos e ortodoxos à unidade

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 10 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI fez nesta quarta-feira um chamado à unidade entre católicos e ortodoxos, por ocasião de sessão plenária da Comissão Internacional para o Diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto.

O encontro reúne em Ravena (Itália), até o domingo, 30 delegados católicos e 30 delegados das diferentes Igrejas Ortodoxas.

A Comissão está tratando de um tema teológico qualificado pelo Papa como «de particular interesse ecumênico»: «Conseqüências eclesiológicas e canônicas da natureza sacramental da Igreja. Conciliariedade e sinodalidade na Igreja».

O Papa convidou os 23.000 peregrinos que participaram da audiência geral a unirem-se à sua oração «para que este importante encontro ajude a caminhar para a plena comunhão entre católicos e ortodoxos, e para se possa chegar o quanto antes possível a compartilhar o mesmo cálice do Senhor».

Os presidentes da Comissão são o cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Sua Excelência Ioannis, metropolita de Pérgamo (do Patriarcado Ecumênico).

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Começa sessão da Comissão Teológica Católico-Ortodoxa

Centrada na «natureza sacramental da Igreja»: «Conciliariedade e sinodalidade»

RAVENA, segunda-feira, 8 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Com a participação de 30 delegados católicos e 30 ortodoxos, começaram nesta segunda-feira, em Ravena, as sessões de trabalho da X Assembléia plenária da comissão internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto.

O encontro começou com a oração das vésperas, que foram presididas, na estupenda Basílica de São Apolinário, por dom Giuseppe Verucchi, arcebispo da cidade.

Nesta terça-feira pela manhã, as sessões de trabalho começarão no antigo cinema Corso com um ato aberto ao público. A seguir, as reuniões continuarão durante toda a semana a portas fechadas.

O encontro concluirá no domingo 14 de outubro e deverá ser publicado um comunicado.

O documento que será analisado pela Comissão tem como título «Conseqüências eclesiológicas e canônicas da natureza sacramental da Igreja. Conciliariedade e sinodalidade na Igreja».

Isso já deveria haver sido analisado no programa concordado em Patmos-Rodas em 1980, quando aconteceu a primeira sessão desta Comissão. Suspendeu-se para enfrentar questões relativas às relações da Ortodoxia com as Igrejas Orientais católicas após a queda dos regimes comunistas na Europa Oriental.

A Comissão havia interrompido suas reuniões durante seis anos por causa de divergências sobre esta matéria, até a reunião que aconteceu no ano passado em Belgrado.

Os presidentes da Comissão são o cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Sua Excelência Ioannis, metropolitano de Pérgamo (do Patriarcado Ecumênico).

Ao receber em uma audiência de dezembro de 2005 os membros desta Comissão, Bento XVI lhes disse: «Nesta nova etapa do diálogo, é preciso examinar juntos dos aspectos: por um lado, eliminar as divergências que subsistem e, por outro, ter como desejo primordial fazer todo o possível para restabelecer a comunhão plena, bem essencial para a comunidade dos discípulos de Cristo, como sublinhou o documento preparatório de vosso trabalho».

Evangelizar significa promover a autêntica paz, diz Papa

No mês missionário por excelência

CIDADE DO VATICANO, domingo, 7 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI explicou este domingo que a evangelização é a maneira mais profunda com a qual os cristãos podem promover a paz autêntica.

O pontífice afirmou isso ao rezar o Angelus junto a milhares de peregrinos, recordando que o mês de outubro é dedicado tradicionalmente pela Igreja às missões e aos missionários, pois nele se celebra o Domingo Mundial das Missões, que neste ano acontece em 21 de outubro.

«Sabemos que a autêntica paz difunde-se ali onde os homens e as instituições abrem-se ao Evangelho», declarou o pontífice falando desde a janela de seu apartamento.

«O mês de outubro ajuda-nos a recordar esta verdade fundamental através de uma mobilização que busca promover o anseio missionário em cada comunidade e apoiar o trabalho de sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos que trabalham nas fronteiras da missão da Igreja».

Para este ano, Bento XVI dedicou sua mensagem para a Jornada Missionária Mundial ao tema «Todas as Igrejas para o mundo inteiro».

«O anúncio do Evangelho é o primeiro serviço da Igreja à humanidade para oferecer a salvação de Cristo ao homem de nosso tempo, humilhado e oprimido de muitas maneiras, e para orientar de forma cristã as transformações culturais, sociais e éticas que acontecem no mundo», declarou o Papa.

Bento XVI recordou que há 150 anos partiram para a África, para o atual Sudão, cinco sacerdotes e um leigo entre os quais se encontrava São Daniel Comboni (1831-1881), futuro bispo da África central e patrono dessas populações, cuja memória litúrgica celebra-se no próximo dia 10 de outubro.

Fundador dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus e das Pias Madres da Nigricia, Comboni foi canonizado por João Paulo II em 5 de outubro de 2003.

«À intercessão deste pioneiro do Evangelho e de outros numerosos santos e beatos missionários, em particular à proteção da Rainha do Santo Rosário, encomendamos todos os missionários e missionárias», concluiu o Papa.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Bento XVI assegura sua colaboração ao novo patriarca ortodoxo da Romênia

Sua Beatitude Daniel, prestigioso intelectual

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 1o de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI assegurou sua colaboração e a dos fiéis católicos a Sua Beatitude Daniel, novo patriarca da Igreja Ortodoxa romena.

O Papa enviou a Bucareste, em 30 de setembro, uma delegação para participar da entronização do chefe dessa Igreja com 19 milhões de fiéis.

A delegação esteve presidida pelo cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e composta pelo bispo Brian Farrell, L.C., secretário desse organismo vaticano, e pelo arcebispo Jean Claude Périsset, núncio apostólico na Romênia.

Como «prenda da busca da plena comunhão», o cardeal Kasper deu ao patriarca, em nome do Papa, um precioso cálice e levou uma carta escrita pelo pontífice em francês, na qual assegura que «os católicos estão ao lado de seus irmãos ortodoxos, com a oração e sua disponibilidade, para oferecer toda colaboração útil».

«O único Evangelho espera ser anunciado por todos juntos, no amor e na estima recíprocos», segue dizendo Bento XVI ao chefe da Igreja romena, que entre todas as igrejas ortodoxas é a segunda em número de fiéis, depois da ortodoxa russa.

A carta recolhe a boa relação que se criou entre João Paulo II, primeiro Papa em visitar um país ortodoxo, Romênia, em maio de 1999, com o anterior patriarca da Romênia, Sua Beatitude Teoctist, falecido em 30 de julho de 2007, aos 92 anos, depois de 19 anos de mandato.

Aquele gesto e as palavras que então se pronunciaram, reconhece Bento XVI, «continuam sendo de atualidade para mim e para a Igreja Católica, sublinhando que é particularmente necessário intensificar os laços que nos unem para o bem das Igrejas».

O bispo de Roma considera que esta intensificação da amizade entre católicos e ortodoxos será decisiva «para responder às necessidades atuais na Europa e no mundo, tanto no âmbito religioso como no social».

«Um testemunho comum dos cristãos é cada vez mais necessário para responder à nossa vocação comum e às urgências de nosso tempo», conclui a carta.

Sua Beatitude Daniel Ciobotea, de 56 anos, é o sexto patriarca romeno. Conta com três doutorados universitários, dois deles realizados no exterior, com 12 anos de estudos ecumênicos e com 10 anos de monaquismo. Até agora era arcebispo metropolitano de Moldávia e Bucovina.