quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Entrevista na TV Canção Nova



Pois é... "Promessa é dívida"... No post de 17 de março de 2007, prometi que ia - assim que fosse possível - publicar aqui no blog algumas fotos tiradas no programa "Escola da Fé", que o prof. Felipe Aquino apresenta na TV Canção Nova.

O programa em que participei como convidado foi ao ar no dia 01 de março de 2007 e as fotos abaixo foram tiradas ao final do programa.
Como se diz por aí, "antes tarde do que nunca"!











segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Cardeal Etchegaray entrega mensagem do Papa ao patriarca ortodoxo de Moscou

Confirma que um possível encontro só acontecerá «na verdade»

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 20 de agosto de 2007 (ZENIT.org).- Ao visitar o patriarca ortodoxo de Moscou, Aléxis II, o cardeal Roger Etchegaray lhe entregou uma carta enviada por Bento XVI.

Quem o revelou foi o presidente emérito do Conselho Pontifício Justiça e Paz, ao voltar de sua viagem à Rússia, na qual visitou a Sibéria, Irkutsk e Novosibirsk, culminando com a missa de 15 de agosto, solenidade da Assunção, na catedral católica da capital russa.

O cardeal é um velho amigo do patriarca, pois, como ele explicou nos microfones da «Rádio Vaticano», «nos últimos trinta anos trabalhamos muito juntos pela Europa». «Posso dizer que me sinto muito próximo dele: eu o considero como um irmão», reconhece.

«Dialogamos como amigos e, entre outras coisas, eu lhe entreguei uma mensagem pessoal de Bento XVI, mensagem que Aléxis II apreciou muito. Tudo isso demonstra a relação espontânea que existe entre nós dois.»

Em relação ao tão esperado encontro entre o Papa e o patriarca, o cardeal Etchegaray explicou que «todos falam disso há muito tempo; estou certo de que o próprio patriarca e Bento XVI, como antes João Paulo II, desejam sincera e ardentemente este encontro, que ninguém sabe quando vai acontecer».

«Ninguém pode dizer, porque para os dois, a maior preocupação é que seja um encontro na verdade, e não um espetáculo para os meios de comunicação, só para dizer que se encontraram: não!», afirma.

Neste sentido, o purpurado confirmou o desejo de ambos de «que o encontro esteja bem preparado e que aconteça nas melhores condições de verdade, em um diálogo profundo. Muitas vezes, os meios de comunicação exageram os eventos, simplificam ou idealizam a realidade, que normalmente é bastante complexa, não se deve esquecer».

Comentando as palavras que lhe dirigiu o patriarca de Moscou e de todas as Rússias, o purpurado revelou que «enumerou as numerosas iniciativas que já realizam juntos católicos e ortodoxos na Rússia, e é impressionante tudo o que se faz em suas múltiplas formas: é tudo uma grande novidade».

«Portanto, é necessário não falar tanto da data e dos tempos do encontro [entre o Papa e o patriarca, ndr.]: deve-se ter confiança», conclui.

domingo, 19 de agosto de 2007

Esclarecimento sobre mudanças no «Documento de Aparecida»

Do cardeal Francisco Javier Errázuriz, arcebispo de Santiago do Chile

SANTIAGO DO CHILE, sábado, 18 de agosto de 2007 (ZENIT.org).- Publicamos as declarações feitas pelo cardeal Francisco Javier Errázuriz, arcebispo de Santiago do Chile e um dos presidentes delegados da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, sobre as supostas mudanças que teriam sido feitas no «Documento de Aparecida». Esta transcrição foi publicada literalmente pela arquidiocese de Santiago do Chile em 17 de agosto.

* * *

O cardeal Francisco Javier Errázuriz, ao ser consultado pela imprensa sobre o Documento Conclusivo de Aparecida, assinalou:

«O documento que levamos ao Papa, no dia 11 de junho, é o documento de Aparecida, Conferência que terminou em 31 de maio passado. Pode ser que tenha algumas correções, como de um ponto ou uma vírgula, coisas desse tipo podem ser; mas levamos ao Papa esse documento evidentemente».

«Uma Conferência como esta –acrescentou o Arcebispo de Santiago– é uma Conferência que está elaborando orientações pastorais para 40% dos católicos no mundo. Trabalham em comunhão com o Papa que tem a responsabilidade por 100% dos católicos no mundo. Por isso estes documentos sempre são levados ao Santo Padre; ele pede a colaboração dos distintos Dicastérios técnicos que têm e pode ser que algum tenha dito: esta frase pode ser mais precisa. O que nós sabemos é que a Congregação para a Doutrina da Fé disse que não havia afirmação alguma no documento que fosse contra ao dogma, à moral. Mas pode ser que algum dos Dicastérios tenha dito: é melhor utilizar essa palavra, fica mais claro; e contra isso estão reclamando».

Seguindo com suas declarações, o Cardeal Errázuriz afirmou: «Há um tema (no qual a modificação foi maior) que é o que mais doeu a muitos grupos no Brasil e também em outros países e é o que se referia às comunidades cristãs de base (comunidades eclesiais de base. N.d.t.), que foi um tema muito relevante e vem de Conferências Episcopais anteriores. No início não foi bem aceito em todas as partes, de maneira que houveram comunidades cristãs de base que fracassaram, outras se polarizaram e, em outros lugares, cresceram com uma fecundidade extraordinária. De que são uma bênção, isso são. Vamos fazer no CELAM um grande congresso para poder recolher as melhores experiências que existem de comunidades cristãs de base de maneira que isso se possa difundir em toda América-Latina, o bem destas comunidades. Creio que essa é a ação importante que há que se fazer. O texto definitivo sofreu algumas modificações, mas não está a solução em mudar um texto, a solução está em um grande congresso, em uma grande diálogo de comunhão fraterna onde se busquem os melhores caminhos e se recolham as melhores experiências das comunidades cristãs de base».

Por último, o Arcebispo de Santiago assegurou: «O espírito do documento é claríssimo, a experiência que vivemos em Aparecida foi uma experiência maravilhosa. O espírito é muito claro, as grandes linhas orientadoras são muito claras. Trata-se de formulações que não têm a importância que se lhes está atribuindo nestes momentos».

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Debate sobre interpretação do Concílio é aberto novamente pelo Papa, diz vaticanista

ROMA, 08 Ago. 07 (ACI) .- O debate sobre a correta interpretação do Concílio Vaticano II tornou a ser aberto pelos recentes julgamentos sobre o pós concilio expressos pelo Papa Bento XVI durante seu encontro com os sacerdotes de Cadore, onde dias atrás o Pontífice transcorreu alguns dias de férias.

Assim o assinala Sandro Magister, vaticanista do semanário italiano L'Espresso, quem em seu site comenta recentemente a reação ao discurso do Santo Padre do historiador norte-americano Joseph A. Komonchak, sacerdote da Arquidiocese de Nova Iorque e docente da Catholic University of America.

O Pe. Komonchak é também responsável pela edição em inglês dos cinco volumes da controvertida "História do Concílio Vaticano II", produzida pela chamada "Escola de Bologna", fundada na Itália pelo Pe. Giuseppe Dossetti e Giuseppe Alberigo.

A Escola de Bologna é a promotora da tese segundo a qual o Concílio Vaticano II não é um "documento acabado", mas sim contém um "espírito em constante evolução" que vai além dos mesmos documentos conciliar e que pode ser reinterpretado livremente para incluir elementos, por exemplo, como a ordenação feminina ou os sacerdotes casados.

Durante seu diálogo com os sacerdotes da região de Cadore, o Papa rechaçou a interpretação "dinâmica" do Concílio com estas palavras: "Uma parte (da Igreja) identificava esta nova revolução cultural marxista com a vontade do Concílio. Dizia: este é o Concílio; na letra e textos são ainda um pouco antiquados, mas detrás das palavras escritas está este 'espírito', esta é a vontade do Concílio, assim devemos proceder. E por outra parte, naturalmente, a reação: assim estão destruindo a Igreja. A reação –digamos– absoluta contra o Concílio, a anticonciliaridade, e –digamos– a tímida, humilde busca de como realizar o verdadeiro espírito do concílio. É como diz um provérbio: 'se cair uma árvore faz muito ruído, se crescer uma selva não se escuta nada', durante estes grandes rumores do progressismo equivocado e do anticonciliarismo absoluto, crescia muito silenciosamente, com tanto sofrimento e também com tantas perdas na constr ução de uma nova passagem cultural, o caminho da Igreja".

Conforme explica Magister em seu site, Komonchak quis defender a interpretação "dinâmica" do Concílio apoiando-se no discurso do Papa à cúria romana de 22 de dezembro 2005, mediante uma larga intervenção no site de Commonweal, a revista que o vaticanista descreve como dos católicos progressistas cultos" nos Estados Unidos.

Segundo Magister "com sua análise Komonchak há finalmente rompendo o Longo silencio com o que a 'Escola de Bologna' –a qual ele se adere– reagiu às críticas formuladas pelo Papa Bento XVI contra sua interpretação do Vaticano II".

Komonchak, diz o vaticanista de L'Espresso, cuida-se de contrapor-se ao Papa e pelo contrário, trata de atraí-lo à própria posição.

"Incluir Joseph Ratzinger na escola de Bologna é uma operação valente" ironiza Magister. "Komonchak –segue Magister– a realiza com sutileza, separando Ratzinger dos supostos 'ratzingerianos' e sustenta que, com o discurso à cúria de 22 de dezembro de 2005, Bento XVI "desiludiu a quem esperava uma crítica aos cinco volumes da História do Vaticano II feita por Alberigo".

Mas o argumento fundamental do Komonchak é em realidade a promessa de um artigo que publicará em breve na revista da Escola de Bologna "Cristianesimo nella storia" Giuseppe Ruggieri, em que se sustentará que as críticas contra a interpretação "dinâmica" do Concílio do Cardeal Camillo Ruini, Vigário do Papa para a Cidade de Roma e até recentemente Presidente da Conferência Episcopal Italiana, em realidade não são tais.

Magister sustenta que a tarefa de Ruggieri de "demonstrar" que o Cardeal Ruini, assim como o Papa Bento, não diz o que diz sobre esta controvertida escola de interpretação do Concílio, será titânica.

E para isso, oferece uma simples entrevista do Cardeal Ruini: "A interpretação do Concílio como ruptura e novo início está chegando a seu fim. É uma interpretação hoje muito débil e sem sustentação real no corpo da Igreja. É tempo de que a historiografia produza uma nova reconstrução do Vaticano II que seja também, finalmente, uma história de verdade".