quinta-feira, 31 de maio de 2007

Peregrinação em Roma

Tive a oportunidade de conhecer a cidade Eterna, Roma, no mês passado, em ocasião de um congresso internacional da família que eu e minha família participamos. Eis meus registros.

Angelus com o Papa Bento XVI em Roma


Eis a multidão que luta por um espaço na Piazza San Pietro para poder "ver e ouvir" o Papa Bento XVI, no momento do Angelus. É impressionante o amor que o público demonstra ao Santo Padre, a diversidade de culturas que o saúda levando faixas, cantos. Pelas informações que tivemos em Roma, é assim todo santo domingo, e a praça vem enchendo até mais do que no pontificado do saudoso João Paulo II.


O Papa responde o carinho da multidão com gestos, palavras e muito sorriso. Não é raro ver grupos de peregrinos poloneses interrompendo seu discurso para entoar algum canto de carinho a sua pessoa. Em ocasião da realização do Congresso Internacional das Famílias em Roma, o Papa Bento fez uma saudação e uma benção especial para os seus participantes, incluindo a nossa família.

Basílica da Santa Cruz de Jerusalém


A encantadora Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, construída por Santa Helena para abrigar as relíquias da verdadeira Cruz de Cristo trazida por ela em sua peregrinação à terra Santa. Um dos pontos mais altos e emocionantes de toda a viagem.


Fiél se aproxima das relíquias da Santa Cruz, abrigado nessa Igreja há mais de 15 séculos. Acima à esquerda pode ser ver o dedo intacto de São Tomé, a direita alguns espinhos da coroa de espinhos, no centro, pedaços da cruz e à sua esquerda o braço horizontal da cruz, abaixo à esquerda alguns pregos da crucifixão e finalmente à direita abaixo, um pedaço preservado da placa esculpida a pedido de Pilatos com as inscrição "Jesus Cristo, Nazareno, Rei dos Judeus" em quatro línguas. Um belo detalhe dessa inscrição é o recente encontro por cientistas, de características de linguagem presentes neste madeiro usadas unicamente no período do primeiro século da era cristã.


As quatro Basílicas Maiores de Roma

Abaixo seguem as quatro Basílicas Maiores de Roma. Representam a Catolicidade (São Paulo), a Santidade (Maria Maior), a Apostolicidade (São Pedro) e a Unidade (São João) da Igreja Católica, Una, Santa, Católica e Apostólica. São centros de peregrinação mundial e agraciadas com indulgência plenária a seus visitantes.

São Pedro


Absolutamente nada se compara com a experiência da basílica de São Pedro. Erigida no séc. XV sobre uma anterior basílica do séc. IV, esta igreja está de fato fundada sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, conforme comprovações arqueológicas recentes. Sua grandiosidade representa a apostolicidade da Igreja e conforme o Papa Bento XVI, é o coração de toda a Igreja. Aqui o fiél se sente realmente minúsculo e estupefado diante da sensação de que tudo isso foi iniciado por alguns simples pescadores de Jerusalém, que mudaram o mundo para sempre. Aqui se entende o conceito de universalidade da Igreja, quando analisado pela diversidade de pessoas e culturas que se encontram própriamente num local de peregrinação. Inesquecível!


Essa imagem foi feita na porta de entrada da basílica e demonstra a beleza e grandiosidade desta maravilha da arquitetura e da fé. Reparem no tamanho das pessoas abaixo do altar papal.


A emocionante escultura de Michelangello, a Pietà, perfeita em cada detalhe e na emoção que transmite.


O túmulo de São Pedro, que fica nas catacumbas dos Papas, pertinho de João Paulo II, abaixo do altar central da Basílica de São Pedro.


Vitral da Vinda do Espírito Santo logo acima da cátedra de São Pedro


Santa Maria Maior


Essa é basílica de Santa Maria Maggiore, foi construída no séc. IV pelo Papa Libério, inspirado por um sinal da Virgem, que fez nevar neste local em pleno verão de Roma. É a primeira Igreja dedicada a Virgem Maria no Ocidente, e uma das mais belas e adornadas de toda a cidade. Abriga entre outras coisas um relicário com um pedaço da manjedoura do menino Jesus.


Relicário com a manjedoura do Menino Jesus abaixo do altar central.


A exuberância desta basílica é representada pela mais pura perfeição artística e se torna num dos mais convidativos locais para recolhimento e oração.


São Paulo Extra Muros

Essa é a basílica de San Paulo Fora Le Mure, e tem esse nome porque quando foi construída por Constantino ficava muito longe do centro da cidade, fora de seus muros. Representa a Catolicidade da Igreja, ou seja, sua universalidade, e possui dentro de sí mosaícos com as imagens de todos os papas da Igreja. É uma basílica incrível e abriga o túmulo do apóstolo São Paulo.


Tumba de São Paulo abaixo do altar central.


Imagem de trás do altar central aonde somente o Papa pode celebrar a missa. Acima ao redor das paredes é possível ver alguns mosaicos de todos os Papas da Igreja.


São João de Latrão

Essa é a Basílica de San Giovanni in Laterano, uma das 4 grandes basílicas de Roma. Ela é a sede da cátedra do Papa, e recebe a dedicação de "festa do Senhor" na liturgia. É a primeira basílica Cristã e sua origem data do século IV. É a verdadeira Catedral de Roma, chamada de "Mãe e Cabeça de Todas as Igrejas do Mundo". Era a antiga habitação do Papa.


Imagem interna da Igreja atrás do altar principal.


Imagem do mosaico superior acima do altar principal.

Conferência de Aparecida entra para a história

Chegou ao fim a V Conferência Geral dos Episcopados da América Latina, o novo coração da Igreja

Com um apelo em favor da defesa da vida e dos mais desprotegidos, na sociedade, e da valorização da diversidade de carismas, dentro da Igreja, chegou hoje ao fim a V Conferência Geral dos Episcopados Latino-Americanos e Caribenhos.

A reunião magna da Igreja Católica na região decorreu de 13 a 31 de Maio, em Aparecida (Brasil), juntando 266 participantes. Representantes de 22 conferências episcopais procuraram, com a ajuda de convidados, especialistas e observadores, responder às interrogações que se colocam sobre o futuro da Igreja num espaço geográfico que engloba quase metade dos católicos de todo o mundo.

A cerimónia eucarística que encerrou o encontro foi presidida pelo Cardeal Francisco Javier Errázuriz Ossa, Arcebispo de Santiago (Chile) e Presidente do Conselho Episcopal da América Latina (CELAM).

Este responsável desafiou os católicos a serem "peregrinos e missionários", enviados pelo Senhor para "a vida do mundo".

O Cardeal Errázuriz agradeceu o acolhimento que foi prestado aos participantes e, também, aos jornalistas que acompanharam os trabalhos. No final da celebração, os presidentes das 22 conferências episcopais presentes desfilaram, em procissão, ao lado das bandeiras dos seus países.

Os bispos aprovaram a "Grande Missão Continental", cujos detalhes serão discutidos na reunião de presidências episcopais do CELAM, no mês de Junho, em Bogotá (Colômbia).

"Será um novo Pentecostes que nos impulsione a ir, de modo especial, em busca dos católicos afastados e dos que pouco ou nada conhecem Jesus Cristo, para que formemos com alegria a comunidade de amor do nosso Deus e Pai", asseguram.

Opção pelos pobres

Como tinham feito Paulo VI em Medellin (1968) e João Paulo II em Puebla (1979) e Santo Domingo (1992), Bento XVI inaugurou os trabalhos da Conferência, encontro que se realizou apenas pela quinta vez em mais de meio século (neste mesmo período houve seis Papas, por exemplo), deixando perspectivas para a próxima década.

Perante problemas sociais graves e o avanço das seitas, o Papa considerou que Deus e a evangelização são as respostas para os desafios da América Latina e os Bispos foram desafiados a centrarem a sua acção na figura de Jesus para fazer face a um "certo enfraquecimento" da vida cristã, fenómeno que acontece, segundo Bento XVI, "devido ao secularismo, ao hedonismo, ao indiferentismo e ao proselitismo de numerosas seitas, de religiões animistas e de novas expressões pseudo-religiosas".

Questões como a ecologia, a defesa das minorias, a renovação das estruturas eclesiais ou as consequências da globalização sobre as populações da região fazem parte das preocupações dos 266 participantes. Juntamente com a síntese do Documento Final (ver notícia relacionada), que o Papa receberá no próximo dia 11 de Junho, aqueles que estiveram presentes na Conferência enviaram uma mensagem aos povos da região, onde asseguram que a Igreja Católica quer estar ao lado das pessoas e de braços abertos.

Para além de reafirmar a opção preferencial pelos pobres, os Bispos indicam que "com firmeza e decisão, continuaremos a exercer a nossa tarefa profética discernindo onde está o caminho da verdade e da vida, levantando a nossa voz nos espaços sociais dos nossos povos e cidades, especialmente a favor dos excluídos da sociedade".

"Compromete-nos a defender os mais fracos, especialmente as crianças, os doentes, os incapacitados, os jovens em situações de risco, os idosos, os presos, os migrantes. Velamos pelo respeito ao direito que têm os povos de defender e promover 'os valores subjacentes em todos os estratos sociais, especialmente nos povos indígenas'. Queremos contribuir para garantir condições de vida digna: saúde, alimentação, educação, habitação e trabalho para todos", assinala a Mensagem, citando Bento XVI.

Além desta palavra em favor dos direitos dos povos indígenas, os Bispos convocam as forças vivas da sociedade "para cuidar da nossa casa comum, a Terra, ameaçada de destruição". "Queremos favorecer um desenvolvimento humano e sustentável, baseado na justa distribuição das riquezas e na comunhão dos bens entre todos os povos", pode ler-se.

Na linha das preocupações apresentadas por Bento XVI, os participantes querem "estimular a formação de políticos e legisladores cristãos para que contribuam na construção de uma sociedade justa e fraterna, de acordo com os princípios da Doutrina Social da Igreja".

O texto estimula a combater "os males que causam dano ou destroem a vida, como o aborto, as guerras, os sequestros, a violência armada, o terrorismo, a exploração sexual e o narcotráfico".

"Convidamos todos os dirigentes das nossas nações a defender a verdade e a velar pelo inviolável e sagrado direito à vida e à dignidade da pessoa humana, da concepção até a morte natural", acrescentam os Bispos.

Mudança de época

Os delegados dos episcopados latino-americanos e caribenhos à Conferência de Aparecida, sublinharam, por diversas vezes, a "mudança de época" que se vive na região, com impacto na realidade social, política, económica e religiosa.

Presente como convidado, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga destacou em conferência de imprensa essa percepção de uma "mudança de época". “São tempos diferentes. Temos de mudar. Se não mudarmos estaremos condenados a passar despercebidos”, disse.

O Arcebispo de Braga recordou que discípulos e missionários somos todos e manifestou que o desafio é a renovação das estruturas da Igreja. “Estar mais perto da gente, de maneira especial dos pobres. Sair de uma Igreja refugiada em si mesmo, para uma Igreja que dá a cara e sai ao encontro do irmão”, apontou.

D. Jorge Ortiga precisou que os tempos actuais não são de doutrinas nem de linguagens dogmáticas. “Há que falar menos e viver com mais amor. A Igreja deve estar ao serviço da Vida", concluiu.

A Mensagem Final da Conferência assume o desafio de dar "um novo impulso e vigor" à missão da Igreja, perante os desafios desta "nova época".

"O chamamento a ser discípulos-missionários exige de nós uma decisão clara por Jesus e seu Evangelho, coerência entre a fé e a vida, encarnação dos valores do Reino, inserção na comunidade, e ser sinal de contradição e novidade num mundo que promove o consumismo e desfigura os valores que dignificam o ser humano", refere.

Num olhar mais virado para o interior, os Bispos referem que "estamos chamados a ser Igreja de braços abertos, que sabe acolher e valorizar cada um dos seus membros. Por isso, alentamos os esforços que são feitos nas paróquias para ser 'casa e escola de comunhão', animando e formando pequenas comunidades e comunidades eclesiais de base, assim como nas associações de leigos, movimentos eclesiais e novas comunidades".

Ao lado deste esforço de integração da diversidade eclesial, é lançado um apelo para tornar visível o amor e a solidariedade fraterna, promovendo o diálogo com os diferentes protagonistas sociais e religiosos.

Por isso, a Mensagem encerra com uma série de objectivos que passam, entre outros, por "formar comunidades vivas", "promover um laicado amadurecido","impulsionar a participação activa da mulher", "trabalhar com todas as pessoas de boa vontade na construção do Reino", "valorizar e respeitar" os povos indígenas e afro-descendentes, "avançar no diálogo ecuménico", "cuidar da criação" e "colaborar na integração dos povos da América Latina e do Caribe".

Notícias relacionadas

Igreja parte ao encontro dos mais pobres

Mensagem Final

Apresentar Jesus, transformar a sociedade

Fonte: Agência Ecclesia

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Igreja paga US$ 6,65 milhões a vítimas de abusos nos EUA

Valor é referente a acordos fechados entre março de 2006 e março deste ano

A Igreja Católica de Chicago pagou US$ 6,65 milhões em acordos extrajudiciários a 15 vítimas de abusos sexuais cometidos por 12 sacerdotes entre 1960 e 1990, confirmaram na terça-feira, 29, fontes da arquidiocese.

Jeffrey Anderson, advogado de uma das vítimas, afirmou em entrevista coletiva que os acordos foram fechados entre março de 2006 e março deste ano.

Uma porta-voz da arquidiocese explicou que a maioria dos padres que teriam sido os autores desses abusos sexuais morreu ou foi proibida de exercer o sacerdócio. Ele acrescentou que até agora quase US$ 52 milhões foram pagos a 214 pessoas que apresentaram processos judiciais em casos de abusos sexuais.

"A arquidiocese sempre leva qualquer denúncia de má conduta sexual muito a sério, e encoraja qualquer pessoa que tenha sido vítima de abusos de um sacerdote, um diácono ou alguns de seus empregados laicos que se apresente", afirmou.

Kathy Laarveld, mãe de Keith Laarveld, que acusou o padre Vincent McCaffrey de ter abusado de seu filho durante quatro anos em sua própria casa, lembrou as agressões.

"Aconteceu na minha casa. Eu estava ali. Estou muito orgulhosa de meu filho por ele estar disposto a revelar o que aconteceu para ajudar os outros", disse.

Crucifixo liberado

Uso do símbolo não fere caráter laico do Estado, diz CNJ

por Douglas Miura

A maioria dos membros do Conselho Nacional de Justiça entende que o uso de símbolos religiosos em órgãos da Justiça não fere o princípio de laicidade do Estado. O entendimento ficou expresso no julgamento de quatro Pedidos de Providência que questionavam a presença de crucifixos em dependências de órgãos do Judiciário.

O relator dos processos, conselheiro Paulo Lobo, votou pela realização de consulta pública, via internet, pelo período de dois meses, com o objetivo de aprofundar o debate sobre o assunto. No entanto, o conselheiro Oscar Argollo abriu divergência, apreciando o mérito da questão, no sentido de permitir o uso de símbolos religiosos.

Argollo defende que o uso de tais símbolos constitui um traço cultural da sociedade brasileira e “em nada agridem a liberdade da sociedade, ao contrário, só a afirmam”. O conselheiro foi seguido por todos os conselheiros presentes, à exceção do relator.

O conselheiro Paulo Lobo se disse sem condições de julgar o mérito da questão. “Isto seria uma violação à minha consciência, porque ainda tenho muitas dúvidas”. Em razão disso, embora o entendimento sobre a questão tenha sido majoritário, os Pedidos de Providência não puderam
ser concluídos, o que acontecerá em sessão próxima, com a proclamação do resultado da decisão, quando o relator apresentar seu voto.

Cruz da Justiça

Em outubro de 2005, em um congresso de juízes estaduais no Rio Grande do Sul, foi decidido que os crucifixos poderiam continuar adornando as paredes das salas de audiências gaúchas. A decisão foi apertada: 25 votos pela manutenção e 24 contra.

Na ocasião, os juízes entenderam que a ostentação do crucifixo “está em consonância com a fé da grande maioria da população brasileira” e que “não há registro de usuário da Justiça que tenha acusado constrangimento em razão da presença do símbolo religioso em uma sala de audiência”.

A proposta de retirar os crucifixos foi apresentada pelo juiz Roberto Arriada Lorea. Os defensores da idéia argumentaram que a presença do crucifixo causa constrangimento aos seguidores de outras religiões.

De maneira geral, juízes podem optar livremente pela permanência de crucifixos nas paredes de suas salas de audiência. No Supremo Tribunal Federal, dois ministros já se manifestaram contra a manutenção do crucifixo localizado no plenário: Celso de Mello e Marco Aurélio.

Embora manifestem respeito à Igreja Católica, os dois ministros entendem que, desde que Igreja e Estado se separaram, não faz sentido projetar a idéia de que um tribunal que se pretende neutro em relação aos movimentos e manifestações sociais do país projete a noção de que se subordina a algum deles.

Pedidos de Providência 1.344, 1.345, 1.346 e 1.362

Revista Consultor Jurídico, 29 de maio de 2007

Gentimente enviado por nosso amigo Andre Ghiggi

terça-feira, 29 de maio de 2007

Igreja Católica reage contra projeto de oferta de contraceptivos

Folha Online / LS

A Igreja Católica reagiu nesta segunda-feira ao projeto do governo federal de aumentar a oferta de métodos contraceptivos à população.


Porta-voz dos bispos que estão reunidos na 5ª Conferência do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano), em Aparecida (SP), o arcebispo de Belém (PA), d. Orani João Tempesta, criticou o programa. Disse que a saúde brasileira tem prioridades mais urgentes e que a decisão é motivada por interesses comerciais.


"O Brasil tem exigências mais importantes e necessárias na saúde do que gastar com isso [aumento da oferta de métodos contraceptivos]", disse d. Orani, durante entrevista coletiva no início da noite desta segunda.


Segundo ele, a Igreja continuará a pregar a "paternidade responsável", ou seja, o prática do sexo apenas após o casamento e com fins reprodutivos.


Para o religioso, que ressalvou que não falava em nome do Celam ou da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), os recursos que o governo federal investirá no programa deveriam ser usados para "ajudar os pobres e as Santas Casas" do país, que passam por dificuldades financeiras.


D. Orani, que é responsável pela comissão de comunicação da CNBB, disse ainda que a decisão do governo atende a interesses de "empresas que querem vender os seus produtos."


Temporão


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, rebateu as críticas de D.Orani. Disse que a posição da Igreja Católica é "um equívoco" e que a opinião pública brasileira, inclusive dos católicos, é favorável à distribuição de anticoncepcionais como política de planejamento familiar.


"Eu te digo, com toda a franqueza, do que conheço da opinião pública, que o apoio da opinião pública brasileira a essas políticas [de planejamento familiar] é maciço. Não vejo na sociedade nenhuma posição significativa de resistência. Até porque as mulheres todas de classe média usam, os casais usam largamente, de qualquer religião. Essa questão não me preocupa", disse o ministro.


"Como toda visão na democracia brasileira, [a posição da Igreja Católica] tem que ser ouvida. Mas eu acho um equívoco total [a posição contra o uso de contraceptivos]", declarou.



"Igreja Universal" festeja a legalização do aborto em Portugal, conforme materia abaixo.

Da "Igreja Universal do Reino de Deus" pode-se dizer o mesmo que disse Voltaire do Sacro Imperio Romano Germanico: não é Igreja, não é Universal, não é de Deus e quando muito é Reino: o Reino do pEdir Maiscedo.
"O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Mas eu vim para que tenham vida e vida em abundancia. Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor expõe a sua vida pelas suas ovelhas. Porém o mercenario, que não é pastor, de quem não são proprias as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas, foge e o lobo arrebata e faz desgarrar as ovelhas, porque é mercenario, e porque não se importa com as ovelhas" (N.S. Jesus Cristo, no Evangelho segundo João, cap. 10, vers. 10-13).
Pelo menos a gente vai poder dizer que legalizar o aborto é impor ao Estado laico brasileiro a crença da "Igreja Universal" do Reino do Edir...

Rodrigo R. Pedroso.

Plebiscito sobre a liberação do aborto
Jorge O’hara
Fonte: http://folha.arcauniversal.com.br/integra.jsp?codcanal=9852&cod=116441&edicao=783

Depois de sofrer uma derrota histórica em Portugal, onde mais de 2 milhões foram às urnas e aprovaram a lei da legalização do aborto, o Vaticano pode ser derrotado no Brasil.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu, recentemente, a realização de um plebiscito para consultar a população brasileira sobre a descriminalização do aborto. A notícia atingiu em cheio o alto clero, pois, caso haja a aprovação, será uma demonstração de que os dogmas da Igreja Católica não estão mais influenciando as políticas sociais.

Temporão afirmou que a morte de mulheres que fazem aborto em condições inseguras é “uma ferida aberta na sociedade brasileira que deve ser enfrentada”. O ministro citou Portugal como exemplo porque lá o aborto foi aprovado em plebiscito, que depois foi confirmado pelo Parlamento.

Além do ministro da Saúde, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, saiu em defesa da proposta ao afirmar para um jornal carioca que “está mais do que na hora de a sociedade civil enfrentar o tema da descriminalização do aborto de forma aberta e sem preconceito. A iniciativa do novo ministro da Saúde, nesse sentido, torna-se bem-vinda”.

Damous ainda ressaltou que “a questão deve ser tratada do ponto de vista da saúde pública e não à luz do preconceito moral ou religioso”. Hoje, no Brasil, segundo o presidente da OAB-RJ, o aborto é praticado por quase um milhão de mulheres na clandestinidade. A maior parte delas utiliza métodos letais, como as “garrafadas”, talos de mamona e até agulhas de crochê.

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado já aprovou projeto que autoriza a realização do plebiscito sobre a legalização do aborto. Até o fechamento desta edição, no entanto, a proposta ainda não tinha sido votada tanto no Senado quanto na Câmara.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Últimos Exemplares

Caríssimos,

A primeira tiragem do meu livro está quase toda esgotada. Restam apenas 25 volumes.

Agradeço muito a Deus pela Sua bondade e aos nossos leitores e amigos que compraram o livro. Agradeço também aqueles que me escreveram e gostaram muito do livro (até agora ninguém me escreveu dizendo que não gostou).

Uma editora católica irá lancá-lo até o fim do ano, o que provalvelmente acontecerá com uma arte diferente.

Esta tiragem que fizemos é única e quem tem tem... quem não tem...

Se você ainda não adquiriu o seu, aproveite enquanto restam algums poucos volumes.

Lembro esta edição é única e limitada.

Saiba aqui como pedir o seu.


Visita de Dom Fernando Rifan a Pelotas



Semana passada, D. Fernando Rifan, Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney, dos fiéis ligados à liturgia tradicional, jantou em minha casa com alguns membros do Regnum Christi. Assei uma parrillada à moda uruguaia e fiz um arroz de carreteiro, feijão mexido e salada pampeana.




















Antes assistimos Missa no rito romano tradicional.







No Domingo, tivemos Missa cantada.

Foi uma bênção!

Dom Fernando mostrou-se muito ortodoxo e pregou contra as atitudes de alguns tradicionalistas que se mantêm longe e à margem do Magistério da Igreja. Defendeu vigorosamente o Concílio e o rito novo da Missa, ainda que tenha motivos teológicos e espirituais para preferir a forma clássica do rito romano.

Sua Orientação Pastoral foi bastante divulgada por aqui, até porque, segundo suas próprias palavras, corrige muitos de seus erros do passado. Sim, Dom Fernando não tem medo de reconhecer que, querendo fazer o bem, equivocou-se. É um homem corajoso e um santo Bispo!
Elogiou, sobretudo, o Opus Dei e alguns sacerdotes diocesanos que vem celebrado, com a permissão dos Bispos, no rito romano tradicional. Também agradeceu a receptividade dos Legionários de Cristo em Roma, pois se hospedou no nosso Cento de Estudos Superiores quando foi fazer o curso para novos Bispos, uns anos atrás. Aliás, são os Legionários que hospedam a maioria dos Bispos que vai para esse curso, sabiam?

Quanto ao rito novo: "Criticamos os abusos, não mais o rito em si. Mudamos e reconhecemos nossos erros passados..."

Dias de muitas graças para todos.

Mais algumas fotos:


Início da Missa Cantada


Alguns do Regnum Christi em frente ao Carmelo



Dom Fernando de pluvial, para o Asperges


O sermão


Incensando o altar no Ofertório


Consagração - Isto é o meu Corpo!

domingo, 20 de maio de 2007

O Motu Proprio está para chegar!

O Motu Proprio que liberaliza a celebração da liturgia, de acordo com os livros litúrgicos anteriores, seria daqui em diante iminente. É pelo menos o que declara o cardeal da cúria Dario Castrillon Hoyos, responsável pela matéria.

A demora teria sido por duas razões: por um lado, as reticências de alguns episcopados, (em particular o francês); por outro lado, à própria Cúria, devido à pergunta formulada por dois cardeais, Francis Arinze e William Levada, ambos, contudo, considerados conservadores, que o antigo e novo ritual não sejam pura e simplesmente colocados em mesmo pé de igualdade, o que relativisaria seriamente a reforma litúrgica.

Na realidade, o Papa teria ele mesmo escrito o texto do Motu Proprio há vários meses. Ele permaneceria fiel à sua convicção de acordo com a qual o rito anterior jamais teria sido abolido e não seria ilícito. Este ponto de vista é defendido por Roma pelo partido tradicionalista, neste caso os Cardeais Castrillon Hoyos e Stickler, Mgr Patabendige, arcebispo e secretário da Congregação dos Ritos, mas também pelo Ministro de Estado, o Cardeal Tarcísio Bertone.

Fonte: 18 de maio - Le 18 mai - http://golias.fr/spip.php?breve398

Tradução: Paulo Peret Sa. Enviado pela lista MonfortDF.

sábado, 19 de maio de 2007

Agora temos enquetes

Tão importante quanto ensinar e defender a Verdade é saber como ela está sendo ou foi recebida pelos nossos leitores.

Depois da polêmica entre o Prof. Felipe Aquino e D. Pedro Casaldáliga, percebi como muitos católicos e leitores do nosso sítio possuiam um certo grau de simpatia com a Teologia da Libertação.

Esta constatação nos deu ciência de um problema muito grave que é a relativisação da Fé.

São Paulo nos ensinou que a "Igreja do Deus Vivo é Coluna e Fundamento da Verdade" (cf. 1Tm 3,15). Ora, se alguém vai contra um ensinamento da Igreja (que tantas vezes condenou a Teologia da Libertação), logo combate a Verdade que Deus nos revela e ensina.

As enquetes nos ajudarão a identificar este tipo de distorção e prestar melhores esclarecimentos a quem com ela comunga.

A frequência das enquetes ainda não está definida. Talvez as façamos quinzenalmente.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Bíblia Católica On Line sorteará meu livro para usuários cadastrados

Olá caríssimos!

O Bíblia Católica On Line sorteará o meu último livro ("O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados") entre os internautas que fizerem o cadastro no seu sítio web.

Os usuários cadastrados terão acesso a novos recursos que logo estarão disponíveis e ainda correm o risco de serem contemplados com minha obra. Não é bacana?

Então faça já o seu cadastro em http://www.bibliacatolica.com.br/cadastro.php e boa sorte!