segunda-feira, 30 de junho de 2008

Patriarca Bartolomeu I expressa esperança na unidade

Durante a Missa celebrada ontem na Basílica de São Pedro

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 30 de junho de 2008 (ZENIT.org).- O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, expressou seu «verdadeiro desejo» de que se superem o quanto antes os obstáculos para alcançar a unidade da Igreja, durante a homilia pronunciada na Missa presidida pelo Papa na Basílica de São Pedro, ontem pela manhã, por ocasião da Solenidade de São Pedro e São Paulo.

«O Diálogo teológico entre nossas Igrejas, 'na fé, na verdade e no amor', graças à ajuda divina, segue adiante, muito além das notáveis dificuldades que subsistem e das importantes problemáticas», afirmou o Patriarca.

«Desejamos verdadeiramente e rezamos muito por isso: que estas dificuldades sejam superadas e que os problemas se desvaneçam o mais rapidamente possível, para alcançar o objeto de desejo final, para a glória de Deus».

O Patriarca, que pronunciou a homilia junto com o Papa Bento XVI, manifestou a importância que a Solenidade de São Pedro e São Paulo tem também para a Igreja do Oriente, que a celebra com um jejum nos dias precedentes.

Ambos os santos, «o Oriente os honra habitualmente também através de um ícone comum, no qual ou têm em suas santas mãos um pequeno veleiro, que simboliza a Igreja».

Este gesto de comunhão, o beijo santo da paz, é o que «precisamente viemos trocar convosco, Santidade, sublinhando o ardente desejo em Cristo e o amor, coisas estas que nos cabe viver perto uns dos outros», acrescentou.

Como gesto de comunhão, aludiu também ao Ano Paulino convocado pela Igreja Ortodoxa, a qual organizou uma peregrinação pelos lugares do Oriente vinculados ao ministério de São Paulo.

«Estai seguro, Santidade, de que neste sagrado trajeto estais presente também Vós, caminhando conosco em espírito, e que em cada lugar elevaremos uma ardente oração por Vós e por nossos irmãos da venerável Igreja Romano-Católica, dirigindo uma forte súplica à intercessão do divino Paulo ao Senhor por Vós».

O Patriarca concluiu com uma oração para que, por intercessão dos Apóstolos Pedro e Paulo, Deus «conceda a nós e a todos os filhos, de todas as partes do mundo, da Igreja Ortodoxa e Romano-Católica, aqui embaixo, a «união da fé e a comunhão do Espírito Santo» no 'vínculo da paz', e lá em cima, a vida eterna e a grande misericórdia».

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Papa continuará distribuindo comunhão de joelhos e na boca

Explica o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 26 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI distribuirá habitualmente a comunhão aos fieis de joelhos e na boca, anunciou o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias.

Em uma entrevista concedida a edição italiana de 26 de junho do «L'Osservatore Romano», Dom Guido Marini responde a quem pergunta se o Papa manterá esta prática que pôde ser vista em sua última viagem à Itália, às localidades de Santa Maria de Leuca e Brindisi.

«Creio realmente que sim – considera –. Neste sentido, não se deve esquecer que a distribuição da comunhão na mão continua sendo ainda, do ponto de vista jurídico, um indulto à lei universal, concedido pela Santa Sé às conferências episcopais que o tenham pedido».

«A modalidade adotada por Bento XVI tende a sublinhar a vigência da norma válida para toda a Igreja», declara.

Esta modalidade de distribuição do sacramento, diz, «sem tirar nada da outra, sublinha melhor a verdade da presença real na Eucaristia, ajuda à devoção dos fiéis, introduz com mais facilidade no sentido do mistério. Aspecto que em nosso tempo, pastoralmente falando, é urgente sublinhar e recuperar», declara.

A quem acusa Bento XVI de querer impor modelos pré-conciliares, o mestre das celebrações litúrgicas explica que «termos como 'pré-conciliar' e 'pós-conciliar' me parece que pertencem a uma linguagem que já foi superada e, se são utilizados com o objetivo de indicar uma descontinuidade no caminho da Igreja, considero que são equivocados e típicos de visões ideológicas muito redutivas».

«Há 'coisas antigas e coisas novas' que pertencem ao tesouro da Igreja de sempre e como tais devem ser consideradas. Quem é sábio sabe encontrar em seu tesouro tanto umas como outras, sem ter outros critérios que não sejam evangélicos e eclesiais».

«Nem tudo o que é novo é verdadeiro, como tampouco o é tudo que é antigo. A verdade atravessa o antigo e o novo e a ela devemos tender sem preconceitos».

«A Igreja vive segundo essa lei da continuidade, em virtude da qual, conhece um desenvolvimento arraigado na tradição. O importante é que tudo esteja orientado a uma celebração litúrgica que seja verdadeiramente a celebração do mistério sagrado, do Senhor crucificado e ressuscitado, que se faz presente em sua Igreja, reatualizando o mistério da salvação e chamando-nos, segundo a lógica de uma autêntica e ativa participação, a compartilhar até suas últimas conseqüências sua própria vida, que é vida de dom de amor ao Pai e aos irmãos, vida de santidade».

terça-feira, 24 de junho de 2008

Patriarca de Constantinopla pronunciará homilia com Papa

Em 29 de junho, solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 24 de junho de 2008 (ZENIT.org).- No próximo domingo, 29 de junho, solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo, Bento XVI celebrará a Eucaristia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, com a participação do patriarca ecumênico de Constantinopla, Sua Beatitude Bartolomeu I.

O Papa e o símbolo da unidade entre as igrejas ortodoxas pronunciarão a homilia, recitarão juntos a profissão de fé e ministrarão a bênção.

O patriarca ecumênico será acolhido pelo Santo Padre na entrada da basílica. Como é tradicional, concelebrarão com o Papa os novos arcebispos metropolitanos nomeados neste último ano e durante a solene celebração o pontífice lhes imporá o pálio sagrado.

Bento XVI imporá pálio a 43 arcebispos

Símbolo da unidade com o bispo de Roma

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 24 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI imporá no próximo domingo, 29 de junho, solenidade dos santos Pedro e Paulo, o pálio a 43 arcebispos metropolitanos nomeados no último ano.

A cerimônia acontecerá durante a celebração da eucaristia, na Basílica de São Pedro, do Vaticano, que contará com a presença e a participação do patriarca ecumênico de Constantinopla, Sua Beatitude Bartolomeu I.

Os arcebispos levam o pálio – estola branca de lã – sobre os ombros em representação do Bom Pastor que leva nos ombros o cordeiro até dar a vida, como recordam também as seis cruzes negras bordadas.

Desta forma, constitui um símbolo litúrgico que expressa o vínculo de comunhão que une o sucessor de Pedro com os arcebispos.

Segundo áreas geográficas, os bispos que receberão o pálio são:

Europa (14)

Dom Francisco Pérez González, arcebispo de Pamplona e Tudela (Espanha);

Dom Laurent Ulrich, arcebispo de Lille (França);

Dom Giovanni Paolo Benotto, arcebispo de Pisa (Itália);

Dom Francesco Montenegro, arcebispo de Agrigento (Itália);

Dom Giancarlo Maria Bregantini, arcebispo de Campobasso - Boiano (Itália);

Dom Reinhard Marx, arcebispo de Munich e Freising (Alemanha);

Dom Willem Jacobus Eijk, arcebispo de Utrecht (Países Baixos) ;

Dom José Francisco Sanches Alves, arcebispo de Évora (Portugal);

Dom Marin Srakić, arcebispo de Djakovo - Osijek (Croácia)

Dom Stanislav Zvolenský, arcebispo de Bratislava (Eslováquia);

Dom Ján Babjak, arcebispo de Presov dos católicos de rito bizantino (Eslováquia);

Dom Sławoj Leszek Głodz, arcebispo de Gdansk (Polônia);

Dom Tadeusz Kondrusiewicz, arcebispo de Minsk - Mohilev (Belarus);

Dom Paolo Pezzi, arcebispo da diócese da Mãe de Deus em Moscou (Rússia);

Ásia (3)

Sua Beatitude Fouad Twal, novo patriarca latino de Jerusalém;

Dom John Hung Shan-Chuan, arcebispo de Taipei (Taiwan);

Dom John Lee Hiong Fun-Yit Yaw, arcebispo de Kota Kinabalu (Malásia);

África (7)

Cardeal John Njue, arcebispo de Nairobi (Quênia);

Dom Peter J. Kairo, arcebispo de Nyeri (Quênia);

Dom Michel Christian Cartatéguy, arcebispo de Niamey (Nigéria);

Dom Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa (R. D. do Congo);

Dom Matthew Man-Oso Ndagoso, arcebispo de Kaduna (Nigéria);

Dom Richard Anthony Burke, arcebispo de Benin City (Nigéria);

Dom Thomas Kwaku Mensah, arcebispo de Kumasi (Gana);

América do Norte (5)

Dom Anthony Mancini, arcebispo de Halifax (Canadá);

Dom Martin William Currie, arcebispo de Saint John's, Newfoundland (Canadá);

Dom Edwin Frederick O'Brien, arcebispo de Baltimore (Estados Unidos);

Dom John Clayton Nienstedt, arcebispo de Saint Paul em Minneapolis (Estados Unidos);

Dom Thomas John Rodi, arcebispo de Mobile (Estados Unidos);

Caribe (4)

Dom Donald James Reece, arcebispo de Kingston en Jamaïque (Jamaica);

Dom Louis Kébreau, arcebispo de Cabo Haitiano (Haiti);

Dom Joseph Serge Miot, arcebispo de Porto Príncipe (Haiti);

Dom Robert Rivas, arcebispo de Castries (Santa Luzia);

América Latina (7)

Dom Lorenzo Voltolini Esti, arcebispo de Porto Velho (Equador);

Dom Andrés Stanovnik, arcebispo de Corrientes (Argentina);

Dom Agustín Roberto Radrizzani, arcebispo de Mercedes-Uján (Argentina);

Dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel (Brasil);

Dom Luis Gonzaga Silva Pepeu, arcebispo de Vitória da Conquista (Brasil);

Dom Óscar Urbina Ortega, arcebispo de Villavicencio (Colômbia);

Dom Antonio José López Castello, arcebispo de Barquisimeto (Venezuela);

Oceania (1)

Dom John Ribat, arcebispo de Port Moresby (Papua Nova Guiné);

Ausentes

Dois arcebispos receberão o pálio em suas sedes metropolitanas, pois não poderão ir a Roma:

Dom William d'Souza, arcebispo de Patna (Índia);

Dom Edward Tamba Charles, arcebispo de Freetown et Bo (Serra Leoa).

Vaticano oferece acordo à FSSPX


http://thenewliturgicalmovement.blogspot.com/

Andrea Tornielli, respeitado Vaticanista do Il Giornale, postou em seu blog:

Começou a contagem regressiva para um possível acordo entre a FSSPX e a Santa Sé. Os Lefebvristas responderão dia 28 de junho a uma proposta enviada pelo Cardeal Dario Castrillon Hoyos, presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, em nome do Papa Bento XVI. São cinco pontos que têm de ser assinados, para que a FSSPX retorne à comunhão plena com a Igreja.

É uma oportunidade única: os Lefebvristas há muito pediam a volta do missal antigo – E Papa Ratzinger, com o Motu Próprio Summorum Pontificum restaurou o direito ao rito pré-conciliar – e, em suas recentes missas papais, é inegável a retomada de alguns elementos tradicionais (comunhão de joelhos etc). A Fraternidade deve aceitar o Vaticano II e a validade plena do rito pós-conciliar (esses pontos já foram assinados por Lefebvre em 1988), e para a estrutura canônica futura da Fraternidade, pode-se prever uma "prelazia".

Sabe-se, porém, que há resistência interna: Bispo Fellay, superior dos lefebvristas, terá que lidar com ela nos próximos dias, durante o Capítulo Geral da Fraternidade. Agora que a Missa antiga foi liberalizada – embora não sem dificuldades e desobediências – muitos fiéis tradicionalistas não entendem porque a FSSPX não faz um acordo com Roma para voltar à plena comunhão. Não se sabe quando haverá circunstâncias tão favoráveis.

É claro que as questões da liberdade religiosa e do ecumenismo ainda estão em jogo, e uma recente carta de D. Fellay nos dá, humanamente falando, pouca esperança para um retorno à comunhão, como o próprio Tornielli admite em seu blog. Entretanto, se é verdade, estamos entrando em uma semana crucial para a vida da Igreja, e uma onda de orações para uma resolução positiva do acordo segundo a vontade de Deus certamente deve ser estimulada.

Pe. Alain-Marc Nély, Segundo assistente de D. Fellay, confirmou à agência de notícias católica Kipa/Apic que tal oferta do Vaticano realmente existe. Sem entrar em maiores detalhes, Pe. Nely confirmou que a proposta para um acordo foi feita no início deste mês. Com certas condições. Mas ele não quis indicar em que direção responderá D. Fellay.

Kipa/Apic também noticia que outra agência, I MEDIA, pediu confirmação à Santa Sé, que não confirmou nem negou a informação.

Daniel Pinheiro de Oliveira

domingo, 22 de junho de 2008

Papa pede atenção na preparação e recepção da Eucaristia

Ao encerrar o Congresso Eucarístico Internacional de Québec

QUÉBEC, domingo, 22 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Ao participar via satélite do encerramento do Congresso Eucarístico Internacional de Québec, Bento XVI pediu a toda a Igreja «uma atenção renovada à preparação e recepção da Eucaristia».

Os milhares de fiéis reunidos na manhã do domingo na explanada de Abraham, na cidade canadense, puderam ver e escutar o Papa através de telões, que pronunciou a homilia da missa conclusiva. Comentando o tema do congresso, «A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo», o Santo Padre respondeu: «A Eucaristia é nosso tesouro mais belo».

«É o sacramento por excelência; introduz-nos por antecipação na vida eterna; contém todo o mistério de nossa salvação; é a fonte e o cume da ação e da vida da Igreja», declarou.

«Portanto, é particularmente importante que os pastores e os fiéis aprofundem permanentemente neste grande sacramento», acrescentou.

Deste modo, assinalou, «cada um poderá fortalecer sua fé e cumprir cada vez melhor sua missão na Igreja e no mundo, recordando a fecundidade da Eucaristia para a vida pessoal, para a vida da Igreja e do mundo».

«Apesar de nossa fraqueza e de nosso pecado, Cristo quer colocar em nós seu olhar». Portanto, disse, «temos de fazer todo o possível para recebê-lo com um coração puro», dirigindo-se ao «sacramento do perdão».

Com efeito, declarou, «o pecado, sobretudo o pecado grave, opõe-se à ação da graça eucarística em nós. Por outra parte, quem não pode comungar por causa de sua situação encontrará na comunhão de desejo e na participação na Eucaristia uma força e uma eficácia salvadora».

«A Eucaristia não é uma refeição entre amigos», advertiu. «Estamos chamados a entrar neste mistério de aliança, confirmando cada dia cada vez mais nossa vida com o dom recebido na Eucaristia».

O bispo de Roma convidou a rezar para que Deus envie sacerdotes à Igreja e a transmitir este convite a muitos jovens, «para que aceitem com alegria e sem medo responder a Cristo. Não ficarão decepcionados. Que as famílias sejam o lugar primordial deste berço de vocações».

O pontífice esclareceu que «a participação na Eucaristia não afasta de nossos contemporâneos, ao contrário, dado que é a expressão do amor de Deus, chama a nos comprometermos com todos nossos irmãos para enfrentar os desafios presentes e para fazer que o planeta seja um lugar agradável».

«Para isto --disse--, temos de lutar sem cessar para que toda pessoa seja respeitada desde sua concepção até sua morte natural, que nossas sociedades ricas acolham os mais pobres e voltem a dar a eles toda sua dignidade, que toda pessoa possa alimentar-se e fazer viver a sua família, que a paz e a justiça brilhem em todos os continentes».

A celebração eucarística foi presidida pelo legado papal, o cardeal Jozef Tomko, em meio de uma constante chuva que não desalentou os peregrinos. O próximo Congresso Eucarístico Internacional, segundo anunciou o Papa, será celebrado em Dublin (Irlanda) no ano 2012.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O QUE ELES IRÃO INVENTAR CONTRA OS CATÓLICOS AGORA?

Quais outras calúnias eles vão inventar contra nós?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Papa Bento XVI restaura a comunhão de joelhos

Diante de 70 mil pessoas, o papa Bento XVI fez história domingo durante a celebração de uma missa em Brindisi, cidade situada na região sudoeste da Itália. No momento da comunhão, o pontífice restaurou o costume de entregar a hóstia consagrada aos fiéis ajoelhados. Apenas os diáconos puderam comungar de pé, diante do líder da Igreja. O gesto, de forte apelo simbólico, resgatou uma tradição abandonada havia 43 anos, quando a reforma litúrgica definida pelo Concílio Vaticano II determinou que os peregrinos receberiam a hóstia de pé e nas mãos. A partir de agora, todos os católicos escolhidos pela Santa Sé para a comunhão com o papa terão de se ajoelhar diante de um reclinatório e receber a eucaristia diretamente na boca.

Bento XVI já havia feito o mesmo na missa de 22 de maio, celebrada na Igreja de São João Latrão, em Roma. Como o número de fiéis presentes era menor, a atitude teve pouca ou quase nenhuma repercussão. ‘‘Nós, os cristãos, nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento (a hóstia) porque, nele, sabemos e acreditamos estar na presença do único e verdadeiro Deus’’, afirmou o papa, naquela ocasião. ‘‘Estou convencido da urgência de dar novamente a hóstia diretamente na boca aos fiéis, sem que a toquem, e de voltar à genuflexão no momento da comunhão como sinal de respeito’’, acrescentou.

A assessoria de imprensa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou ao Correio que ainda não recebeu qualquer comunicado do Vaticano sobre a inclusão dos 125 milhões de brasileiros católicos na mudança litúrgica. ‘‘Resta saber se essa é uma norma ou uma orientação do Santo Padre’’, declarou a entidade. Ainda que a determinação valha apenas para fiéis que comungarem diretamente das mãos do pontífice, ela reforça a tendência de Bento XVI em recuperar partes mais tradicionalistas do ritual, que caíram em desuso com o tempo.

Em três anos de pontificado, o papa manteve-se fiel ao antigo cargo de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé: condenou o casamento homossexual e o aborto e exigiu que as pesquisas genéticas respeitem a vida. Mas a medida mais surpreendente até então foi o relançamento da missa em latim, com base no rito tridentino (em que o sacerdote fica de costas para os fiéis e faz a celebração no idioma milenar). Em vigor desde 14 de setembro, a norma foi bem recebida pela área mais conservadora da Igreja Católica. (Correio Braziliense).

http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=2&idmat=172198

sábado, 14 de junho de 2008

Santa Sé aprova estatutos do Caminho Neocatecumenal

A Igreja confirma «genuinidade do carisma», diz o cardeal Rylko

Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 13 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Em uma celebração de caráter familiar, a Santa Sé entregou nesta sexta-feira os estatutos definitivos do Caminho Neocatecumenal, uma das realidades eclesiais de maior crescimento, surgida após o Concílio Vaticano II.

O encontro foi presidido pelo cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, e intervieram os iniciadores do Caminho, Kiko Arguello e Carmen Hernández, bem como o sacerdote Mario Pezzi.

No final da cerimônia, que aconteceu na sede desse organismo vaticano, o cardeal Rylko explicou à Zenit o significado desse gesto.

«Significa a confirmação por parte da Igreja da autenticidade, do caráter genuíno do carisma que se encontra em sua origem, na vida e na missão da Igreja», disse o purpurado polonês a aproximadamente 100 pessoas.

«O Caminho já tem uma longa história na Igreja, mais de 40 anos, e traz à vida da Igreja muitos frutos, muitas vidas mudadas profundamente, muitas famílias reconstruídas, muitas vocações religiosas, sacerdotais, e muito compromisso a favor da nova evangelização.»

«Portanto – acrescentou –, é um momento de grande alegria para a Igreja, é um momento de grande alegria para a realidade eclesial que recebe este reconhecimento.»

Durante a cerimônia, o cardeal deixou três orientações particulares aos membros das comunidades neocatecumenais: obediência aos bispos, reconhecimento do papel do presbítero e fidelidade aos textos litúrgicos da Igreja.

Em sua resposta, Kiko Arguello agradeceu a Bento XVI, a João Paulo II e a Paulo VI. Este último lhe disse em uma ocasião, segundo recordou: «Seja humilde e fiel com a Igreja e a Igreja lhe será fiel».

Carmen Hernández sublinhou que o importante não é o Caminho Neocatecumenal, mas a Igreja, e convidou quem segue este itinerário de iniciação cristã à humildade.

Depois, na tarde desta sexta-feira, os iniciadores do Caminho ofereceram sua primeira coletiva de imprensa da história para manifestar este agradecimento à Santa Sé, no centro diocesano do Caminho Neocatecumenal, que se encontra junto ao Vaticano.

Kiko Arguello revelou que neste momento a Santa Sé está estudando os textos das catequeses do Caminho para que possam ser publicados e distribuídos entre as dioceses do mundo.

Segundo Arguello, a única mudança significativa que introduzem os estatutos definitivos com relação à liturgia afeta a maneira de receber a Comunhão durante a Eucaristia, que implicará numa ligeira mudança no referente ao costume que vinham seguindo.

A comunhão, conforme a prática habitual das comunidades, continuará sendo recebida sob as duas espécies, e é distribuída pelos ministros na assembléia, em lugar da procissão dos fiéis que se realiza normalmente no rito romano. Esta forma se mantém nos estatutos definitivos mas, para a recepção do Pão, o fiel deverá colcocar-se em pé diante do ministro. No caso da comunhão com o Cálice, essa continuará sendo recebida sentado, para evitar que o vinho transborde.

Em relação à saudação de paz, mantem-se após a oração dos fiéis e antes de começar a liturgia eucarística, ainda que se procure que este momento não quebre a ordem e o recolhimento da assembléia.

O Caminho Neocatecumenal, nascido em 1964 em Palomeras Altas, um dos bairros mais pobres de Madri, encontra-se difundido em 107 países, conta com 20 mil comunidades, 70 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, que deram à Igreja 1260 presbíteros.

O Caminho está presente em 5.700 paróquias de 1.200 dioceses. Mais de 600 familiares deixaram sua terra para ir evangelizar as áreas mais descristianizadas do planeta, vivendo entre os pobres.

A aprovação dos estatutos acontece após cinco anos desde a aprovação da primeira versão dos estatutos «ad experimentum».

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Papa nomeia bispo de Frederico Westphalen (Brasil)Padre Antônio Carlos Rossi Keller, do clero da arquidiocese de São Paulo

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 11 de junho de 2008 (ZENIT.org).- A Santa Sé informou esta quarta-feira que Bento XVI nomeou o novo bispo da vacante diocese de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul.Trata-se do padre Antônio Carlos Rossi Keller, de 55 anos, do clero da arquidiocese de São Paulo.Padre Antônio Carlos Keller é natural de São Paulo. Cursou filosofia no Seminário Santo Cura d’Ars e Teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. Foi ordenado sacerdote em 1977.Atuou como vigário paroquial no Santuário Nossa Senhora da Penha, em São Paulo; membro nomeado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para a Comissão bi lateral Anglicana-Católica Romana e professor no Instituto São Boaventura, na diocese de Santo Amaro.Padre Antônio Carlos Keller é atualmente pároco de Santo Antônio do Limão, na Região Episcopal Santana, em São Paulo, e também diretor espiritual no Seminário Santo Cura d’Ars da Arquidiocese de São Paulo.É ainda professor no Seminário Arquidiocesano Propedêutico e no Instituto Filosófico Aristotélico Tomista dos Arautos do Evangelho.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Papa espera que reforma do Concílio dê frutos para terceiro milênio

Ao recordar os 45 anos da morte de João XXIII


CIDADE DO VATICANO, 4 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI desejou nesta quarta-feira que a reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II ofereça frutos para o terceiro milênio.O Papa pronunciou seu auspício em polonês, ao final da audiência geral, na praça de São Pedro, do Vaticano, ao recordar os 45 anos da morte do beato Papa João XXIII.«As pessoas o chamavam ‘João, o bom’ ou ‘O bom Papa João’. Convocou o Concílio Vaticano II, que iniciou a renovação da Igreja, a reforma de suas estruturas e a atualização da liturgia», recordou.«Que esta reforma dê frutos em nós e na Igreja do terceiro milênio», concluiu o Papa.