Arcebispo explica que Documento de Aparecida reafirma o evangelho da vida
O núncio falou sobre a abordagem que o Documento de Aparecida faz do tema da defesa da vida na homilia da Missa de abertura do congresso internacional «Pessoa, cultura da vida e cultura da morte», na manhã de hoje, em Itaici (Indaiatuba, São Paulo).
Segundo Dom Lorenzo Baldisseri, o Documento de Aparecida «se estrutura em torno da mensagem da Vida, cujo centro é Cristo». «A temática da vida ilumina também cada uma das três grandes partes do Documento, sempre ligando a pessoa de Jesus Cristo à vida dos povos latino-americanos».
«Diante dos desafios do mundo contemporâneo, que está perdendo o caminho da vida para enveredar pelo caminho da morte, o Documento reafirma o evangelho da vida e evoca a pergunta de Tomé: “Como vamos saber o caminho?”. A resposta de Jesus é uma proposta: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.»
Dom Lorenzo explica que o Documento «proclama a Boa Nova de Jesus Cristo que deve ser proclamada em toda circunstância e particularmente nos campos da dignidade humana, da vida, da família e da atividade humana».
«Diante dos diversos obstáculos apresentados pela cultura vigente que, muitas vezes apresenta uma vida sem sentido, que tem como base o subjetivismo hedonista e gera um mundo de exclusão e de morte, somos convidados a acolher a proposta de vida trazida por Jesus Cristo, que veio ao mundo “para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.»
O arcebispo explicou que, discordando da mentalidade reinante, «que mede o valor da vida a partir de critérios de funcionalidade, nós, como discípulos de Jesus Cristo, devemos continuar acreditando e defendendo a sacralidade da vida humana, independente das condições ou do estágio em que se encontra».
«Também o sofrimento, quando acolhido numa atitude de fé, pode transformar-se numa significativa experiência de humanização e proporcionar um verdadeiro encontro com o Senhor.»
Segundo Dom Lorenzo, no Documento de Aparecida «reafirma-se, mais uma vez, o caráter inviolável e sagrado da vida humana, que deve ser salvaguardado desde a concepção até seu término natural».
«A defesa e a promoção da vida é o desafio maior de nosso tempo. É a missão de toda a Igreja e, no contexto latino-americano e caribenho, é um programa renovado que chama a um empenho continental de missão», considera.
O núncio pediu então a construção de «uma verdadeira cultura da vida, na qual a Pessoa Humana, especialmente a mais frágil e indefesa, possa ser respeitada e acolhida em sua original e intrínseca dignidade».
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