quinta-feira, 13 de março de 2008

Entidades usurpam o prestígio e a dignidade do nome cristão ao promover aborto

Arcebispo da Paraíba (Brasil) comenta sobre as «Católicas pelo Direito de Decidir»

Por Alexandre Ribeiro

JOÃO PESSOA, quinta-feira, 13 de março de 2008 (ZENIT.org).- Entidades como as «Católicas pelo Direito de Decidir», ao promoverem, entre outras iniciativas contrárias ao Magistério da Igreja, o aborto, usurpam o prestígio e a dignidade do nome cristão, afirma um arcebispo brasileiro.

No contexto da Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil, que nesta quaresma discute o tema da defesa da vida, Dom Aldo Pagotto, arcebispo da Paraíba (nordeste do país), destaca em mensagem difundida ontem pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que essa ONG tem provocado «confusão e perplexidade» nos fiéis.

O arcebispo explica que esse grupo de feministas se auto-intitula «católicas pelo direito de decidir». Mas «decidir o quê?», questiona. «Decidem pelo abortamento.»

«Ora --prossegue Dom Aldo Pagotto--, isso é inadmissível para uma cristã que professa o Credo, segue os Mandamentos da Lei de Deus e confessa com o seu comportamento que Jesus Cristo é Senhor e Salvador.»

O prelado recorda que essa ONG é patrocinada e atua como uma entidade feminista que se constituiu no Brasil desde 1993. Ela se articula em rede com várias parcerias no mundo, em particular com a organização norte-americana intitulada “Catholics for a Free Choice”.

Essa rede feminista --explica Dom Aldo-- defende o aborto publicamente e distorce «totalmente o ensino católico, sobretudo o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso».

Segundo o arcebispo, no Brasil essa rede feminista se subdivide em várias ramificações: entre as mais conhecidas estão os grupos denominados de «Cunha», «8 de Março», «Amazonas».

«Pelo que se vê, tais “católicas” juntaram-se à rede feminista, usurpando o prestígio e dignidade do nome cristão, com o intuito de confundir as pessoas, espalhando mentiras», afirma Dom Aldo Pagotto.

O arcebispo lembra que a Igreja no Brasil, pela presente Campanha da Fraternidade, reafirma «o compromisso com a vida do ser humano e, de forma específica, com a gestante e o nascituro».

Ele enfatiza que a proposta da CNBB pede políticas públicas que «assegurem a saúde» da mãe e da criança que ela traz em seu seio, «oferecendo condições para ter e criar bem os seus filhos e jamais abortá-los».

«“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19) será o nosso lema perene, criando iniciativas que enfrentam e superam tantas ameaças que nos cercam», afirma.

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