quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Papa continuará distribuindo comunhão de joelhos e na boca

Explica o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 26 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI distribuirá habitualmente a comunhão aos fieis de joelhos e na boca, anunciou o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias.

Em uma entrevista concedida a edição italiana de 26 de junho do «L'Osservatore Romano», Dom Guido Marini responde a quem pergunta se o Papa manterá esta prática que pôde ser vista em sua última viagem à Itália, às localidades de Santa Maria de Leuca e Brindisi.

«Creio realmente que sim – considera –. Neste sentido, não se deve esquecer que a distribuição da comunhão na mão continua sendo ainda, do ponto de vista jurídico, um indulto à lei universal, concedido pela Santa Sé às conferências episcopais que o tenham pedido».

«A modalidade adotada por Bento XVI tende a sublinhar a vigência da norma válida para toda a Igreja», declara.

Esta modalidade de distribuição do sacramento, diz, «sem tirar nada da outra, sublinha melhor a verdade da presença real na Eucaristia, ajuda à devoção dos fiéis, introduz com mais facilidade no sentido do mistério. Aspecto que em nosso tempo, pastoralmente falando, é urgente sublinhar e recuperar», declara.

A quem acusa Bento XVI de querer impor modelos pré-conciliares, o mestre das celebrações litúrgicas explica que «termos como 'pré-conciliar' e 'pós-conciliar' me parece que pertencem a uma linguagem que já foi superada e, se são utilizados com o objetivo de indicar uma descontinuidade no caminho da Igreja, considero que são equivocados e típicos de visões ideológicas muito redutivas».

«Há 'coisas antigas e coisas novas' que pertencem ao tesouro da Igreja de sempre e como tais devem ser consideradas. Quem é sábio sabe encontrar em seu tesouro tanto umas como outras, sem ter outros critérios que não sejam evangélicos e eclesiais».

«Nem tudo o que é novo é verdadeiro, como tampouco o é tudo que é antigo. A verdade atravessa o antigo e o novo e a ela devemos tender sem preconceitos».

«A Igreja vive segundo essa lei da continuidade, em virtude da qual, conhece um desenvolvimento arraigado na tradição. O importante é que tudo esteja orientado a uma celebração litúrgica que seja verdadeiramente a celebração do mistério sagrado, do Senhor crucificado e ressuscitado, que se faz presente em sua Igreja, reatualizando o mistério da salvação e chamando-nos, segundo a lógica de uma autêntica e ativa participação, a compartilhar até suas últimas conseqüências sua própria vida, que é vida de dom de amor ao Pai e aos irmãos, vida de santidade».

2 comentários:

L Bot disse...

Uma magnífico Papa, verdadeiramente!

A restauração da liturgia é fundamental para que a Igreja saia da crise em que vive, e ele tem trabalhado muito nisso.

Longa vida ao Papa!

Luiz Henrique

Luci@n@ disse...

Sizenando

O Papa Bento XVI, como podemos perceber, pretende acabar com as diferenças e intrigas entre tradicionalistas e católicos pós conciliares em geral, uma vez que jamais foi proibido ou menosprezado o metodo anterior de comunhão, apenas todos optaram pelo metodo aprovado pelo CV II e deixaram de praticá-lo por ser mais difícil e demorado, o que o Papa pretende é a convivência opcional e pacífica na pratica de ambos os metódos utilizados pela Igraja hoje ou no passado, tanto seria assim que nesta mesma missa em que Bento XVI entrega a comunhão na boca e de joelhos para um grupo selecionado, os outros recebiam a comunhão de pé e na boca, me esqueço que não é em toda diocese que se pratica este metodo como normal, para nós aqui já é o que acontece em toda missa.
Porém cabe àqueles que já perderam o costume de comungar na boca, redescobrirem o verdadeiro valor de uma comunhão bem feita. Não basta apenas impor um metódo antigo ou novo, pois o broblema não está no metodo e sim no coração daqueles que recebem a Comunhão sem estar devidamente preparados, muitos, apesar de terrem feito catequese e primeira comunhão, não teem concência do que seja receber Jesus em sua propria casa.

Quem recebece esta visita tão importante em casa, certamente iria, dar uma varridinha, assado um bolinho e preparado pelo menos um cafezinho, Ou Não ?

Jesus merece muito mais do que isto, não é verdade ?

Valorizar o que é bom, é o que todos precisam aprender.

Paz de Jesus.